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Distribuição de benefícios faz a diferença

Em apenas um século desde a independência do domínio britânico (1907), a Nova Zelândia conquistou um nível de desenvolvimento econômico e social invejável.

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      Estável, pacífico e democrático. São esses os conceitos usados pelo Institute for Economics and Peace para definir o país mais seguro do mundo na atualidade, a Nova Zelândia. Do outro lado está o Iraque, classificado como o mais violento do planeta. O Brasil fica com o incômodo 85º lugar entre os 144 países pesquisados e que compõem o Global Peace Index, ranking do nível de tranquilidade que essas nações oferecem aos seus cidadãos.

      Uma das constatações que chamam a atenção ao analisar o estudo é o fato de que não basta ser rico e poderoso para se ter segurança. Os Estados Unidos, a mais importante economia mundial e detentor do maior poderio bélico, têm de se contentar com a 83ª posição, muito atrás de países pequenos e não tão ricos como Portugal (14º) e Chile (20º), o melhor avaliado na América do Sul.

      Para compor o índice, o Instituto – uma organização independente com sede em Sydney, na Austrália – leva em consideração 23 indicadores, entre eles o número de homicídios, o respeito aos direitos humanos, a venda de armas, o potencial de terrorismo, o número de pessoas na prisão e o grau de democracia.

      Embora reconheçam que "a ausência de violência" é uma utopia, os pesquisadores apontam países como Nova Zelândia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Áustria e Suécia como exemplos a serem seguidos.

      Uma pergunta que fatalmente surge, ao se deparar com o sucesso neozelandês, é: o que a Nova Zelândia e os países escandinavos fizeram para atingir um nível tão satisfatório em segurança? E a resposta dos pesquisadores, com base em dados do Banco Mundial e das Nações Unidas, é clara: estabilidade política e econômica, ausência de manifestações violentas, baixíssima criminalidade e respeito aos direitos humanos, além da manutenção de relações harmoniosas com os países vizinhos. As despesas militares da Nova Zelândia representaram apenas 1,07% do PIB em 2007 contra 3,2% dos Estados Unidos.

      "Esses países são melhores porque, com tranquilidade, podem trabalhar melhor com os outros e, assim, resolver de forma pacífica e construtivamente alguns dos nossos mais sérios problemas econômicos, sociais e ambientais. Na verdade, a paz é a condição essencial para ajudar a resolver hoje os grandes desafios, tais como a escassez de alimentos e de água, a diminuição da biodiversidade e as alterações climáticas ", cita no relatório Clyde McConaghy, ex-publicitário e responsável pelo levantamento.

      E do outro lado, o da violência? O Iraque registrou a triste cifra de 9.204 cidadãos mortos em conflitos internos em 2008. Aos atentados diários, soma-se a instabilidade política e econômica. O estudo verificou no país ocupado pelos EUA em 2001 o mais baixo nível de confiança entre os cidadãos, alta taxa de homicídios e potencial sem concorrente para receber atos terroristas.

      O mau exemplo da América Latina fica com o México, que está entre os dez países que mais pioraram as suas condições de segurança. O país da América do Norte caiu 16 posições e hoje é 108º entre os 144 pesquisados. A escalada da violência ligada aos cartéis da droga foi decisiva para piorar a situação de segurança dos mexicanos.

      Veja o ranking completo dos 144 países pesquisados no blog Certas Palavras. Clique aqui.

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