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Pessoas deixam homenagens às vítimas de ataque terrorista, na Rambla, em Barcelona | JAVIER SORIANO/AFP
Pessoas deixam homenagens às vítimas de ataque terrorista, na Rambla, em Barcelona| Foto: JAVIER SORIANO/AFP

atentado ocorrido em Barcelona, nesta quinta-feira (17), que deixou um saldo de pelo menos 13 mortos e mais de 100 feridos, segue o padrão de outros ataques terroristas recentes em território europeu. São mais sete casos em que é possível observar um modus operandi semelhante: são utilizados veículos para atropelar aglomerados de pessoas que circulam em pontos principais ou turísticos das cidades. No caso de Barcelona, a área escolhida foi a Rambla, região bastante frequentada por turistas no verão europeu.

Além disso, em todos os episódios extremistas, muçulmanos foram apontados como autores dos crimes, embora nem sempre o Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado a autoria da ação.

Relembre os casos que têm características em comum com o atentado de Barcelona:

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Nice, 14 de julho de 2016 

Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um franco-tunisiano de 31 anos que morava em Nice, atropelou com um caminhão uma multidão em Nice. Ele matou ao menos 85 pessoas e feriu mais de 300. O veículo de 19 toneladas percorreu dois quilômetros na Promenade des Anglais, na Rivieira Francesa. O público comemorava a festa da Queda da Bastilha. O terrorista planejou a ação inspirado em revistas divulgadas pelo Estado Islâmico, nas quais os leitores eram incentivados a usar veículos para atropelar pessoas em lugares lotados.  O EI assumiu a autoria do crime.

Berlim, 19 de dezembro de 2016 

Anis Amri avançou com um caminhão contra pessoas que passeavam em uma feira natalina em Berlim, na região central da capital alemã. Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas. O autor do atentado conseguiu fugir, mas foi filmado em Milão, na Itália, em 23 de dezembro. Ele acabou morto pela polícia na cidade italiana.

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Londres, 22 de março de 2017 

Um terrorista usou um jipe para atropelar pessoas na ponte de Westminster, em Londres. Depois de avançar com o veículo sobre uma grade, atacou com uma faca agentes que vigiavam o acesso à Câmara Britânica. Ele matou cinco pessoas antes de ser baleado pela polícia. Outras 49 ficaram feridas. O agressor, identificado como Khalid Masood – cujo nome antes de se converter ao islamismo era Adrian Russell Ajao –, era de nacionalidade britância. Também nesse caso, o EI assumiu a autoria do atentado. 

Estocolmo, 7 de abril de 2017 

Quatro pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas em Estocolmo, no dia 7 de abril, quando um homem usou um caminhão para atropelar uma multidão na rua Drottninggatan, uma área exclusiva para pedestres e uma das principais ruas comerciais da capital sueca. O autor do atropelamento foi identificado como Uzbek Rahmat Akilov, de 39 anos. Ele confessou pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico. Akilov também era solicitante de asilo no país, mas por não ter sido aceito, tinha ordem de expulsão desde fevereiro deste ano. 

Londres, 3 de junho de 2017 

Três homens usaram uma van para avançar sobre cerca de 20 pedestres que caminhavam na London Bridge. Depois do atropelamento, os ocupantes do veículo continuaram circulando até as proximidades do mercado gastronômico de Borough, desceram do veículo e esfaquearam várias pessoas. A polícia os abateu. O atentado deixou oito mortos, dentre eles um espanhol, e mais de 40 feridos. 

Londres, 19 de junho de 2017 

Darren Osorne, de 47 anos, morador de Gales, bateu seu veículo contra um grupo de muçulmanos que voltavam da oração da meia-noite do Ramadã, perto da mesquita de Finsbury Park, no norte de Londres. Pelo menos nove pessoas ficaram feridas e uma morreu. 

Levallois Perret, 9 de agosto de 2017 

Um grupo de soldados franceses que participavam de uma operação antiterrorista foram atropelados por um veículo BMW preto, cujo motorista avançou contra eles na cidade de Levallois Perret, perto de Paris. Hamou Benlatreche é de nacionalidade argelina, com residência legal na França e não tinha antecedentes criminais ou judiciais. Embora o ataque não tenha sido classificado como atentado terrorista, está sendo investigado pela promotoria de Paris. 

Colaborou Isabelle Barone.
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