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| Foto: Chip Somodevilla/AFP

Após vencer as primárias do Partido Republicano em cinco estados nesta terça-feira (26), o pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, tornou-se um franco favorito para conseguir indicação de seu partido para as eleições à Casa Branca em novembro. Ele deve concorrer com a democrata Hillary Clinton. Até o momento, Trump possui 954 delegados partidários dos 1.237 necessários para ser indicado.

EUA: os republicanos e o fantasma da “convenção aberta”

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Com um discurso conservador e contrário aos imigrantes e a favor da tortura, a possível eleição do magnata bilionário para comandar a mais potente nação do planeta provoca dúvidas que permeiam o mundo todo. No Brasil, visto como importante polo comercial, apesar da crise econômica atual, a situação também pode variar conforme o candidato eleito.

Trump já afirmou em algumas oportunidades que o Brasil se aproveita dos Estados Unidos e de que o país “rouba” emprego dos norte-americanos. O megaempresário é considerado, por muitos, uma incógnita caso chegue ao poder. Mas uma coisa pode ser dada como certa: ele irá olhar para o Brasil como um local para realizar negócios financeiros. Isso porque especialistas em relações internacionais acreditam que dificilmente Trump conseguirá estabilidade de governo caso mantenha tudo o que falou ao longo da campanha.

Em entrevista concedida no mês passado à Gazeta do Povo, o mestre em Relações Internacionais e doutor em Geografia, Alberto Pfeifer, disse que Trump demonstra possuir uma visão superficial acerca de política internacional e olha para os Estados Unidos apenas a partir de uma perspectiva interna. “Se pensar para o Brasil, Trump vai olhar para o país como um local para a realização de negócios, vai buscar acordos. Será, para ele, um local de negócios”, afirmou Pfeifer, que leciona na Universidade de São Paulo (USP).

O economista Roberto Teixeira da Costa segue linha parecida, pois “historicamente um governo republicano tende a trabalhar com a abertura do mercado”.

Já o doutor em sociologia e especialista em relações internacionais Giorgio Schutte, afirma que Trump representa uma ameaça e que, se eleito, tornaria o clima mundial ainda menos agradável. “Tudo que ele fala gera uma antipatia. É um discurso político doméstico e em tom de ameaça. O clima nas relações internacionais tende a piorar”, disse.

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