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O relator especial para os Direitos dos Migrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Jorge Bustamante, pediu nesta quinta-feira (1º) ao governo do Japão para aumentar a proteção aos migrantes e suas famílias independentemente do seu estatuto de imigração. Bustamante fez o apelo ao encerrar sua visita de nove dias ao país. Para ele, ainda há racismo e discriminação contra trabalhadores estrangeiros na região.

Estimativas não oficiais indicam que existam cerca de 300 mil brasileiros vivendo no Japão, os chamados decasséguis. Em geral, eles trabalham em fábricas ou atividades temporárias. Na sua maioria trabalham para fazer economias e retornar ao Brasil.

Muitos decasséguis deixam a família no Brasil e ficam sozinhos no Japão. Os brasileiros descendentes de japoneses se queixam de dificuldades com o idioma e também das barreiras para a integração social.

À imprensa, Bustamante disse que "são demasiadamente comuns" os atos de preconceito contra estrangeiros no Japão. Segundo ele, mesmo depois de duas décadas que o país recebe trabalhadores estrangeiros, não foram promulgadas leis para proteção dos migrantes.

De acordo com o relator da ONU, as autoridades japonesas devem buscar meios para controlar a entrada e saída de trabalhadores estrangeiros no país, além de implementar programas para garantir as condições necessárias de integração dos imigrantes na comunidade local.

Bustamante disse que as maiores comunidades estrangeiras no Japão são de peruanos, brasileiros, chineses, coreanos do sul e filipinos.

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