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O Papa Francisco celebra uma missa ao ar livre na Praia dos Lobitos, perto da cidade chilena do norte de Iquique | VINCENZO PINTO/AFP
O Papa Francisco celebra uma missa ao ar livre na Praia dos Lobitos, perto da cidade chilena do norte de Iquique| Foto: VINCENZO PINTO/AFP

O papa Francisco defendeu nesta quinta-feira (18), ao chegar a Iquique, no norte do Chile, o bispo de Osorno, acusado de acobertar abusos sexuais de padres contra menores.  

"Não há uma única prova contra, tudo é calúnia, está claro?", afirmou o papa. "O dia que me trouxerem uma prova vou falar", disse à Radio Bío Bío.  

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Foi a primeira vez que Francisco se referiu às acusações contra Barros durante a visita no Chile. O pontífice vem sendo duramente criticado no país por não ter afastado o bispo, acusado de ter feito vista grossa aos crimes de pedofilia cometidos pelo padre Fernando Karadima, condenado em 2011 por abusar sexualmente de adolescentes.  

"Como se tivesse sido possível tirar uma selfie ou uma foto enquanto Karadima me abusava ou abusava de outros com Juan Barros parado do lado vendo tudo!", reagiu em sua conta no Twitter Juan Carlos Cruz, uma das vítimas do padre.  

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Em seu primeiro dia de visita na terça (16), o papa pediu perdão pelos mais de 75 casos de abuso sexual de menores por Karadima.  

A demora da Igreja Católica em afastar o religioso -as primeiras denúncias são de 2004 e a punição só veio em 2011- e a falta de advertências a seus comandados, são citadas como principais razões da queda de confiança dos chilenos na instituição.  

No mesmo dia, ele manteve encontro privado com vítimas de estupro e abuso por padres, com as quais conversou, "rezou e chorou", segundo relato do porta-voz do Vaticano.

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