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Uma rara imagem de Gularte, após a prisão na Indonésia. | Mast Irham/Efe
Uma rara imagem de Gularte, após a prisão na Indonésia.| Foto: Mast Irham/Efe

Após 11 anos da prisão do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte na Indonésia, por tráfico de drogas, sua família teria sido informada neste sábado (25) de que ele será executado. O aviso, de acordo com a lei do país, é repassado com 72 horas de antecedência da aplicação da pena de morte, o que significa que ele pode ser fuzilado a partir da tarde de terça-feira (horário local).

A informação foi dada pelo advogado do rapaz, Ricky Gunawan, à BBC Brasil, mas ele ainda iria recorrer da decisão na segunda-feira. Outros três presos estrangeiros receberam a notificação das 72 horas prévias: os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, e a filipina Mary Jane Veloso fazem parte do grupo de dez presos que podem ser executados semana que vem.

Uma porta-voz da embaixada brasileira em Jacarta disse à Agência Efe por telefone que, por enquanto, não conseguiram confirmar se Gularte também recebeu a notificação final.

Gularte tem 42 anos e foi preso em julho de 2004 quando tentava entrar na Indonésia com pranchas de surfe em que estavam escondidos 6kg de cocaína. Já em 2005 ele foi condenado à morte, e começou então um longo idílio da família e das autoridades diplomáticas brasileiras para evitar a pena de morte.

Gularte está no corredor da morte junto com outros nove estrangeiros, incluindo australianos e franceses, presos infringindo as leis indonésias. Todos os pedidos de clemência desses países foram negados, incluindo o do Brasil.

A tentativa que mais se aproximou de um bom resultado foi quando a família alegou que Gularte havia sido diagnosticado com esquizofrenia. Em março deste ano, uma equipe médica fez uma avaliação do estado mental do brasileiro na prisão após o pedido da Procuradoria Geral indonésia. Porém, o resultado do laudo não foi divulgado.

Segundo brasileiro

Gularte seria o segundo brasileiro executado na Indonésia neste ano. Em janeiro, o país fuzilou seis traficantes, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática que teve a intervenção da presidente brasileira, Dilma Rousseff.

A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 após cinco anos de trégua, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, 57 por narcotráfico, dois por terrorismo e 74 por outros delitos. O presidente indonésio, Joko Widodo, reitera dessa forma a firmeza de seu governo contra o narcotráfico.

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