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A chegada ao Brasil deve acontecer entre sábado e domingo. | Arquivo Pessoal/
A chegada ao Brasil deve acontecer entre sábado e domingo.| Foto: Arquivo Pessoal/

O drama de um grupo de 20 brasileiros, a maioria paranaense, que está no Nepal para turismo de aventura tem data para terminar: a próxima sexta-feira (1º). É quando eles embarcam de volta para o Brasil, como contou para a reportagem, via internet, a coordenadora da expedição, Ana Paula Wanke.

Os turistas percorriam uma trilha na região de Pokhara, a 200 quilômetros do vale central, local mais afetado pelo terremoto, quando sentiram os tremores do sábado (25). O medo de deslizamentos fez com que procurassem abrigo em um hotel na cidade, onde ainda permanecem.

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“Agora está tudo em relativa tranquilidade. Conseguimos confirmar todos os voos para o dia 1º de maio. Até lá, acredito que o caos em Kathmandu [capital do país e local de partida, onde milhares morreram devido aos abalos] tenha acalmado”, diz Ana Paula.

“Se fosse por nossas famílias, estaríamos no aeroporto tentando voltar antes. Mas o conselho da Embaixada nos disse para esperarmos alguns dias”, diz.

A chegada ao Brasil deve acontecer entre sábado e domingo, já que os voos não são diretos. “Todos partirão no dia 1º, mas em voos diferentes. Tem um grupo de pessoas, por exemplo, que voará de Kathmandu para Nova Deli [Índia] e, de lá, para Doha [Qatar], onde vão esperar 12 horas pela conexão para o Brasil”, aponta.

“As companhias aéreas confirmaram que os voos sairão. Isso dá uma certa tranquilidade para o grupo”, afirma Ana Paula.

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Ana Paula conta que apesar de Pokhara ter sentido tremores fortes -- e inclusive ter registrado um na manhã desta terça-feira -- não há relato de grandes destruições. “Aqui está tudo bem, a vida segue normal. Os comerciantes já sentem a falta dos turistas. Está havendo um esvaziamento da cidade. Todos tentando ir embora”, diz.

“O nosso grupo se mantém tranquilo e unido procurando acalmar as famílias no Brasil”, conta.

A situação contrasta com o terror vivido dias antes. Ana Paula conta o grupo estava no meio da trilha quando os abalos começaram. “Na hora foi um grande susto porque de onde estávamos pudemos ver deslizamentos e ouvir avalanches de pedras. Algumas pessoas entraram em desespero.”

“Não sabíamos a dimensão do abalo em outros lugares. Imaginávamos que havia sido só um evento local. Na mesma hora postei em rede social que estávamos bem e que o tremor tinha sido pequeno. Aos poucos chegaram informações da tragédia”, conta.

“É difícil imaginar que todos aqueles belos templos e a cidade estão ruídos. O povo nepalês é lindo, amável e muito religioso. Mesmo longe do caos estamos comovidos pela tragédia”, lamenta a paranaense.

O grupo é composto por 20 brasileiros com faixa etária entre 30 a 61 anos -- muitos pela primeira vez no país.

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