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Cratera descoberta no ano passado na Península de Yamal | Reuters
Cratera descoberta no ano passado na Península de Yamal| Foto: Reuters

No ano passado, três crateras no norte da Rússia intrigaram os cientistas. Meses depois, o renomado pesquisador Vasily Bogoyavlensky alertou que existem minicrateras que circundam as principais já descobertas. Duas delas já se transformaram em grandes lagos. Na época da descoberta das três crateras, cientistas afirmaram que o aquecimento a partir da superfície, devido às condições climáticas quentes, junto com falhas geológicas na parte subterrânea, gerou uma liberação de gás que formaram as crateras.

Através de um mapeamento feito por satélite, os pesquisadores acreditam que há cerca de 20 delas que circundam as principais. “Agora, nós sabemos de sete crateras na área do Ártico. Nós só temos os locais exatos de quatro delas. As outras três foram vistas pela população local. Mas tenho certeza que há mais crateras na península de Yamal, só precisamos procurá-las”, afirma Bogoyavlensky que comparou o fenômeno com o surgimento de cogumelos. “Gostaria de comparar com cogumelos: quando você encontrar um cogumelo, certifique-se que há mais ao redor. Acho que deve ter de 20 a 30 crateras.”

A pesquisa também mostrou que existem regiões próximas as crateras onde emissões de gases podem ocorrer a qualquer momento, o que torna o local perigoso. “Esses objetos devem ser estudados mas é bastante perigoso para os pesquisadores. Sabemos que podem ocorrer uma série de emissões de gases durante um período prolongado de tempo mas não sabemos quando”, afirmou o pesquisador para o jornal local Siberian Times.

Uma das crateras é apontada como interessante pelo pesquisador por ter se transformado em um lago e possuir duas dezenas de pequenas crateras ao seu redor. “Suponho que novas podem aparecer. Nós vamos contá-las e fazer um catálogo. Algumas são pequenas, não possuem nem dois metros de diâmetro”, conta o pesquisador.

O pesquisador afirmou que nenhum cientista ainda esteve na região e que a descoberta foi feita através de relatos e do monitoramento por satélite. O professor ainda alerta que houve uma série de emissões de gases durante um período prolongado e que não se sabe aferir quando serão os próximos fenômenos. A pesquisa prevê monitorar o local para evitar tragédias. Há relatos de moradores que sentiram tremores na região.

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