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Brasileira Ivanice Carvalho da Costa estava há 17 anos morando em Portugal | Arquivo Pessoal
Brasileira Ivanice Carvalho da Costa estava há 17 anos morando em Portugal| Foto: Arquivo Pessoal

Todos os policiais envolvidos na morte da paranaense Ivanice da Costa, de 36 anos, permanecem em liberdade. O Ministério Público português abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte da brasileira e indiciou 6 dos 7 policiais (um deles não estava armado e não poderia ter efetuado disparos) que participaram da ação.

Ivanice foi baleada, na quarta-feira (15), quando o carro em que estava foi confundido com o de um grupo de assaltantes. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital. De Amaporã, no Noroeste do Paraná, a vítima estava há 17 anos em Portugal.

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Os agentes da PSP (Polícia de Segurança Pública) precisaram assinar um termo de identidade e residência, além de serem transferidos do patrulhamento das ruas para serviços administrativos da corporação. 

Esta foi a primeira morte provocada pela polícia em 2017 em Portugal, um país que tem níveis bastante baixos de violência policial. 

Apoio aos agentes

O grupo policial está recebendo apoio psicológico. 

O Sindicato Nacional da Polícia de Portugal saiu em defesa dos agentes, inclusive atacando quem criticou a truculência da ação. Foram feitos mais de 20 disparos contra o carro em que Ivanice e seu companheiro estavam. O casal não estava armado. 

"É sempre muito fácil para alguns 'comentadores de bancada', virem criticar as ações policiais", diz uma nota do grupo, destacando que "os polícias apenas têm segundos para decidirem as ações a tomar". 

"Este sindicato está absolutamente convicto de que os mesmos não agiram com intenção de atentar contra a vida de quem quer que fosse, mas sim de imobilizar uma viatura que estava em fuga", diz o comunicado. 

O Ministro da Administração Interna de Portugal, Eduardo Cabrita, lamentou o incidente, mas evitou responsabilizar os policiais. 

"A circunstância infeliz ontem [quarta-feira], verificada no quadro de uma perseguição, está neste momento a ser investigada pela Inspeção-Geral da Administração Interna, pelas autoridades judiciárias, pelo Ministério Público, no quadro das suas competências próprias. Tudo será apurado", disse o ministro. 

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