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O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, está decidido a se apresentar voluntariamente à Justiça para enfrentar acusações de corrupção e evitar, assim, o “espetáculo” de uma eventual prisão, disse seu advogado nesta quarta-feira (2), afirmando que seu cliente não fugirá do país.

As autoridades guatemaltecas determinaram na terça-feira uma restrição de movimentação para evitar o risco de fuga, logo depois que o Congresso retirou a imunidade de Pérez Molina para que possa ser investigado por um escândalo de corrupção que revoltou o país e arrasou com seu governo antes das eleições de domingo.

“Não vai fugir”, disse o advogado César Calderón em entrevista por telefone à Reuters.

“Estamos dispostos a nos submeter a um processo penal”, acrescentou ele ao destacar que o general reformado de 64 anos pretende “chegar caminhando” aos tribunais.

“Uma prisão para satisfazer a morbidez, para fazer um show, para quê? Não serve para nada”, afirmou Calderón.

O Congresso da Guatemala deve enviar o caso do presidente à Suprema Corte de Justiça para que designe um juiz controlador, que após audiências preliminares vai decidir se há mérito para abrir uma ação penal contra Pérez Molina, que chegou ao poder prometendo zero tolerância contra o crime.

Caso Pérez Molina seja processado, o juiz vai decidir se ele esperará o julgamento em liberdade ou será preso preventivamente, como solicitado pela promotoria, o que poderia encerrar precocemente seu mandato, vigente até janeiro de 2016.

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