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Cruz foi indiciado por um grande júri com 34 acusações de assassinato premeditado e tentativa de assassinato no massacre de 14 de fevereiro, no qual 17 pessoas foram mortas | SUSAN STOCKER-SUN SENTINELAFP
Cruz foi indiciado por um grande júri com 34 acusações de assassinato premeditado e tentativa de assassinato no massacre de 14 de fevereiro, no qual 17 pessoas foram mortas| Foto: SUSAN STOCKER-SUN SENTINELAFP

Procuradores do condado de Broward, na Flórida, disseram nesta terça-feira (13) que vão pedir a pena de morte para Nikolas Cruz, o jovem de 19 anos acusado de ser responsável pelo massacre em uma escola de ensino médio na Flórida em fevereiro.  

O anúncio ocorre quase uma semana depois que Cruz foi indiciado por um grande júri com 34 acusações de assassinato premeditado e tentativa de assassinato no massacre de 14 de fevereiro, no qual 17 pessoas foram mortas.  

Em um relatório ajuizado na terça-feira (13) no tribunal regional, Michael Satz, procurador do condado de Broward, disse que o estado pretende pedir a pena de morte para Cruz e que provaria que o crime "era especialmente hediondo, atroz ou cruel". 

O relatório de Satz inclui vários fatores agravantes que ele afirma justificar uma sentença de morte, incluindo que Cruz, conscientemente, criou um risco de morte para muitas pessoas e que os assassinatos foram “cometidos de forma fria, calculada e premeditada".  

Os advogados de Cruz não contestam sua culpa. Eles sugeriram que o réu pode se declarar culpado se os promotores não optarem pela pena de morte e, em vez disso, concordem com uma prisão perpétua. 

Leia também: O que a maioria dos atiradores que comete massacres tem em comum?

Estratégia da defesa

Howard Finkelstein, defensor público de Broward, disse que seria errado declarar pena de morte para Nikolas considerando que as autoridades deixaram passar vários sinais de alerta antes do tiroteio. Finkelstein disse que o anúncio do promotor não foi inesperado, mas salientou que sua equipe está pronta para que Cruz se declare culpado por todas as acusações em troca de 34 sentenças de prisão perpétua sem liberdade condicional.  

Na semana passada, os advogados de Cruz enviaram documentos judiciais pedindo a retirada da declaração de inocência, dizendo que, em vez disso, Nikolas não responderia às acusações. Mesmo reconhecendo que ele realizou o ataque, os advogados não podem declarar culpa enquanto Cruz poderia ser condenado à morte, de acordo com Finkelstein.  

Essa decisão revela que o sul da Flórida, provavelmente, assistirá a um longo processo com testemunhos emocionados a respeito do que ocorreu na escola secundária. O caso seria um dos mais importantes processos do estado recentemente, e também seria uma raridade em relação a massacres, que geralmente não terminam com atiradores detidos.  

Em uma situação semelhante, autoridades sentenciaram à prisão perpétua um homem armado que, em 2012, abriu fogo em uma sala de cinema em Aurora, no Colorado, matando 12 e ferindo dezenas. Seus advogados também tinham apresentado declaração de culpa em troca de uma sentença de prisão perpétua.

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