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Soldado russo em um caça que participou das ofensivas russas na Síria. Reino Unido anunciou que também fará ataques a militantes do Estado Islâmico no país | HANDOUT/REUTERS
Soldado russo em um caça que participou das ofensivas russas na Síria. Reino Unido anunciou que também fará ataques a militantes do Estado Islâmico no país| Foto: HANDOUT/REUTERS

Ações do Reino Unido para autorizar bombardeios aéreos contra combatentes do Estado Islâmico na Síria devem acontecer dentro de semanas, após o secretário de Defesa do país afirmar que não se deve deixar a responsabilidade de manter as ruas britâncias seguras a outros países.

Michael Fallon declarou, em reunião do Partido Conservador no domingo (4), que os jihadistas precisam ser enfrentados onde quer que estejam “enraizados” e alertou que ataques mortais estão sendo organizados pelo EI no norte da Síria.

Turquia diz que avião de guerra russo violou espaço aéreo do país

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David Cameron preparou o terreno para estender os ataques aéreos contra o EI no Iraque e nos países vizinhos, anunciando planos de dobrar a frota de drones que atuam na Síria e fortalecer operações do Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês) no país. Ele também destacou que combatentes islâmicos como “jihadi John” — carrasco do grupo extremista — seriam alvos em ataques futuros.

“Não há tempo para a Grã-Bretanha se retirar no mundo, deixar o terror triunfar e colocar nosso povo em perigo”, afirmou Fallon. Ele destacou o esforço do governo em enfrentar as “ameaças à segurança e prosperidade”.

“O EI é a ameaça mais séria à Grã-Bretanha em uma geração matando e brutalizando civis inocentes. Por mais de um ano, nossos pilotos voaram dia e noite na luta contra o EI. Estamos treinando mais forças iraquianas com habilidades de infantaria e contendo explosivos improvisados à medida que pressionam o EI”, declarou o secretário.

“O EI não reconhece fronteiras e deve ser combatido onde quer que estejam enraizados. Então não devemos deixar que a França, Austrália ou os americanos mantenham nossas ruas seguras”, disse.

O secretário de Relações Exteriores, Philip Hammong, insistiu que não poderia haver “lugar para se esconder” para o EI, afirmando na conferência do partido que o país iria derrotar “a ideologia vil, não importa o quanto dure”.

Estado Islâmico destrói mais um monumento milenar na Síria

Ativistas da Síria disseram, no fim do domingo (4), que militantes do Estado Islâmico destruíram um arco de quase 2 mil anos na cidade histórica de Palmira. O monumento é a mais recente vítima da campanha do grupo extremista para acabar com locais históricos no território que controla no Iraque e na Síria.

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Aprovação parlamentar

O governo agora se prepara para convocar uma votação parlamentar para autorizar a ampliação dos ataques na Síria. Cameron já passou por situações parecidas em que obteve resultado negativo: há dois anos, ele perdeu uma votação no Parlamento para autorizar ação militar contra as forças do presidente sírio Bashar al-Assad após ele usar armas químicas contra a população.

A situação atual se complica ainda mais com a decisão da Rússia de lançar bombas sobre a Síria. O Reino Unido e os Estados Unidos acusaram o presidente Vladimir Putin de mirar as forças de oposição moderada no lugar de militantes do EI ou da al-Qaeda.

Nesta segunda-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, afirmou que a Rússia intensifica a guerra civil na Síria ao mirar os rebeldes oposicionistas. Ele comparou os esforços russos em apoiar Assad a amarrar-se a um navio naufragando.

“Ao iniciar ação militar na Síria contra grupos alvos moderados, a Rússia intensifica a guerra civil”, disse Carter em discurso durante viagem à Espanha.

Na semana passada, o Partido Trabalhista do Reino Unido declarou em conferência que só apoiaria a incursão na Síria sob aval da ONU.

Em entrevista ao “The Sunday Telegraph”, Cameron afirmou que o investimento em forças especial e vigilância era essencial para enfrentar a ameaça terrorista. Ele disse que o país compraria mais 20 drones Protector para substituir a atual frota de dez instrumentos. Eles conseguem voar mais longe e carregar armamento mais sofisticado.

“Uma das maiores ameaças à qual devemos responder é o terrorismo e isso significa muitas coisas em termos de segurança doméstica e serviços de inteligência”, disse o primeiro-ministro.

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