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Afegãos chegam à ilha grega de  Kos: Grécia e Itália são as principais portas de entrada na Europa. | Yannis Behrakis/Reuters
Afegãos chegam à ilha grega de Kos: Grécia e Itália são as principais portas de entrada na Europa.| Foto: Yannis Behrakis/Reuters

O plano da União Europeia (UE) de redistribuir 40 mil imigrantes da Itália e da Grécia para outros países que fazem parte do bloco encontrou resistência ontem, com o Reino Unido dizendo que não vai participar e alguns Estados do leste europeu sugerindo um esquema voluntário.

A rainha na Câmara dos Lordes: apoio a referendo sobre a União Europeia.Pool / Reuters

A proposta da UE surgiu após Itália e Grécia fazerem reiterados apelos por mais assistência dos países do bloco para aliviar a pressão de imigrantes que chegam às suas costas. Os dois países são a principal porta de entrada da Europa para imigrantes do Norte da África, da Ásia e do Oriente Médio.

Só ano passado, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 600 mil pessoas buscaram refúgio na UE. Neste ano, mais de 80 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo em busca de uma vida melhor na Europa. Destes, pelo menos 1,8 mil podem ter morrido durante a travessia do mar Mediterrâneo.

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A destruição de barcos é um dos pontos do plano da UE para tentar acabar com o modelo de negócio dos contrabandistas que atuam majoritariamente na Líbia, principal porta de saída de refugiados de várias partes da África. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no entanto, expressou dúvidas sobre a medida. Ele disse ontem que “deve ser dada a prioridade ao salvamento de vidas e ao fortalecimento de operações de busca e resgate”, mas apoiou a sugestão apresentada pela Itália, de realizar uma operação militar em solo líbio a fim de desbaratar o esquema de tráfico. “Precisamos resolver tudo isso de uma forma abrangente”, afirmou.

Reino Unido

O principal entrave ao plano de imigração da UE é o Reino Unido. A vitória do Partido Conservador nas eleições do início do mês deu ao primeiro-ministro David Cameron liberdade para levar adiante seu plano de reduzir o número de imigrantes ilegais no país. Hoje, o governo britânico deverá apresentar projetos de lei para deportar imediatamente os ilegais e para realizar um plebiscito sobre a permanência do país na UE. A consulta deverá ser realizada em 2017 .

Ontem, a rainha Elizabeth colocou em andamento os planos do novo governo para realizar o referendo. Usando sua coroa e sentada em um trono dourado perante a Câmara dos Lordes, a monarca de 89 anos delineou os planos em um discurso escrito para ela pelo gabinete dos conservadores ao inaugurar a sessão do Parlamento.

“Meu governo irá renegociar o relacionamento da Grã-Bretanha com a União Europeia e buscar a reforma da União Europeia em benefício de todos os Estados membros”, declarou a monarca à plateia. Os eleitores deverão ser questionados se querem permanecer na UE, o que permitiria ao campo favorável ao bloco sair em defesa do “sim”. Isso pouparia Cameron de acusações de levar adiante uma campanha negativa.

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