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Ex-reféns descreviam “Jihadi John” como “frio, sádico e impiedoso” | /Reprodução
Ex-reféns descreviam “Jihadi John” como “frio, sádico e impiedoso”| Foto: /Reprodução

A revista “Dabiq”, ligada ao Estado Islâmico, confirmou nesta terça (19) a morte de Mohammed Emwazi, cidadão britânico conhecido pelo apelido de “Jihadi John” (“João jihadista”, em inglês), que ganhou notoriedade por aparecer em vídeos de decapitações de prisioneiros pelo EI.

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Imagem do vídeo divulgado em agosto de 2014 com a decapitação do jornalista americano James Wright Foley Reprodução

A publicação traz um obituário de página inteira de Abu Muharib al-Muhajir, nome pelo qual Emwazi era conhecido na facção radical.

Segundo o texto da “Dabiq”, Emwazi nasceu no “nordeste da península Arábica” e, muito jovem, foi com a família para Londres, lugar que “passou a odiar” porque os costumes do Reino Unido estavam “muito distantes dos valores louváveis nos quais ele fora criado e crescera”.

A revista diz ainda que, apesar dos esforços do MI5 (o serviço de inteligência britânico), Emwazi “nunca desistiu de sua luta para fazer hijrah [migração -no caso, para a área do ‘califado’ decretado pelo EI] pela glória de Alá”.

Nascido no Kuait em 1988, o futuro “Jihadi John” foi para Londres em 1994 com os pais. Formou-se na Universidade de Westminster e trabalhava como programador de informática antes de se juntar ao EI.

Em 2009, Emwazi viajou pela primeira vez à Tanzânia com dois amigos. O serviço secreto britânico, que já monitorava o grupo, agiu para impedir sua entrada no país africano após suspeitas de que a viagem se estenderia à Somália para treinamento.

No mesmo ano, ele conseguiu um emprego no Kuait, na área de TI (tecnologia de informação), e voltou a seu país natal por alguns meses.

Em dezembro de 2010, ao tentar sair de novo do Reino Unido, Emwazi chegou a ser interrogado por seis horas no aeroporto de Heathrow, em Londres. Três anos depois, foi à Turquia para trabalhar com refugiados sírios na região. Quatro meses após entrar em território turco, cruzou a fronteira com a Síria e se juntou aos militantes do EI.

Ex-reféns descreviam “Jihadi John” como “frio, sádico e impiedoso”, e se suspeitava que ele também desempenhasse papel importante na segurança tecnológica da milícia radical.

Em 13 de novembro, mesmo dia em que atentados do Estado Islâmico mataram 130 pessoas em Paris, os EUA disseram estar “quase certos” de que um bombardeio com drone na Síria havia matado “Jihadi John”.

A notícia foi divulgada pelo porta-voz do Pentágono, Steven Warren, em entrevista em Bagdá (Iraque), horas antes dos ataques a Paris.

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