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Ryan Lizza atuava como repórter da New Yorker e comentarista da CNN | Reprodução
Ryan Lizza atuava como repórter da New Yorker e comentarista da CNN| Foto: Reprodução

A revista americana "New Yorker" anunciou nesta segunda-feira (11) que demitiu o repórter de política Ryan Lizza por "conduta sexual imprópria". 

Um dos principais nomes da publicação, Lizza disse em nota que a decisão é um "erro terrível". "Fiquei chocado que a 'New Yorker' decidiu caracterizar uma respeitosa relação que eu tive com uma mulher como algo impróprio." 

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A rede de TV CNN, em que ele atua como comentarista, disse que o suspendeu até o fim da investigação do caso. 

Na revista há dez anos, Lizza ganhou fama em julho após fazer uma entrevista na qual Anthony Scaramucci, diretor de comunicação da Casa Branca, xingava colegas de gabinete. Ele acabaria demitido do cargo logo depois. 

Demissões

Lizza não foi o primeiro jornalista denunciado por assédio a perder o emprego recentemente. Antes dele, em 30 de novembro, a NBC demitiu o âncora Matt Lauer após receber de uma colega dele uma denúncia de assédio sexual. 

No mesmo dia a Rádio Pública de Minnesota (MPR) demitiu o apresentador Garrison Keillor, 75, após "alegações de comportamento inapropriado com um indivíduo que trabalhou com ele", segundo disse a emissora em comunicado. 

No último dia 21, Charlie Rose, 75, teve seu contrato com a CBS encerrado pela emissora. 

Ele foi denunciado por colegas e ex-estagiárias por ter apalpado as pernas delas, entre outros episódios de assédio. 

As denúncias engrossam uma avalanche de casos de assédio sexual relatados recentemente, que já atingiu políticos, como os deputados John Conyers Jr. e Trent Farks e o senador Al Franken - os três anunciaram que vão deixar o caro. 

Além deles, as denúncias também atingiram o produtor de Hollywood Harvey Weinstein, (National Public Radio) e o ator Kevin Spacey (o Frank Underwood da série "House of Cards"), entre outros, e se espalhou entre a sociedade americana por meio da hashtag #MeToo ("Eu também").

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