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A Rússia tem uma resposta assimétrica para as novas sanções econômicas adotadas na quinta-feira (30) nos Estados Unidos contra empresas e empresários russos pelo papel de Moscou na crise da Ucrânia, garantiu nesta sexta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Em geral, o princípio de reciprocidade é o básico nesta troca de sanções. Mas ao mesmo tempo não podem ser descartados passos assimétricos, embora não seja um objetivo em si”, comentou sobre a decisão de Washington.

O porta-voz do Kremlin repetiu que para Moscou “se trata de sanções ilegais, que contradizem as normas do direito internacional e que danificam seriamente as relações bilaterais”.

“Mas, sobretudo, são passos que o lado americano dá sem que revertam em nenhum benefício e sem nenhum objetivo concreto”, ressaltou Peskov em alusão à postura tantas vezes expressada pelo presidente russo, Vladimir Putin, de que nenhum tipo de sanção modificará a política externa russa.

Sanções

O governo americano impôs ontem novas sanções a mais de 20 de entidades e cidadãos russos e ucranianos, entre eles vários colaboradores do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

Entre os afetados estão 15 empresas e pessoas que trabalham no setor de defesa e armamento na Rússia, cinco operadores portuários e uma companhia de barcas da Crimeia.

Cinco meses depois da assinatura dos Acordos de Minsk para a regulação do conflito no leste da Ucrânia, os EUA e outros países ocidentais responsabilizam Moscou por não fazer o suficiente para implementar esse documento e de seguir apoiando com armas e tropas os separatistas pró-Rússia.

Apesar do cessar-fogo adotado em virtude dos Acordos, os dois lados se acusam diariamente de ataques com artilharia pesada de calibre maior que 100 milímetros, expressamente proibido pelo documento.

Segundo os últimos dados da ONU, quase 7.000 pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia em 15 meses de conflito.

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