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O Senado norte-americano planeja votar na quarta-feira (11) o plano de ação militar na Síria. Nesta segunda-feira (9), os políticos americanos voltaram do período de férias e já devem começar o debate sobre a resolução que planeja uma intervenção limitada e pontual no país do Oriente Médio.

Após a votação no Senado, a medida deve passar pelo crivo dos deputados ainda esta semana. A proposta de atacar a Síria foi aprovada pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA na última quarta-feira. Com dez votos a favor e sete contra, o comitê disse sim à medida bipartidária que limita o ataque militar a um prazo de 60 dias.

A aprovação representa uma importante vitória política para o presidente Barack Obama, em sua busca de apoio política à intervenção contra o regime sírio. Ontem, o Chefe de Gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, percorreu cinco talk-shows para argumentar que um ataque limitado em resposta à alegada utilização de armas químicas do governo sírio envia uma mensagem de dissuasão aos inimigos regionais.

A ideia é reverter a opinião pública que é, em sua maioria nos EUA, contrária à intervenção no país. O plano de Obama enfrenta resistência significativa dos republicanos e seus colegas democratas no Congresso, com muitos legisladores preocupados que os ataques militares na Síria possam levar a um compromisso prolongado dos EUA e provocar conflitos mais amplos na região.

Mike Rogers, presidente republicano do Comitê de Inteligência da Câmara e um defensor dos ataques, disse que o presidente Barack Obama fez "uma bagunça" em seu argumento para a ação militar para punir Assad. "Está muito claro que ele perdeu apoio na semana passada ... O presidente não se defendeu", disse Rogers ao programa da rede CBS, Face the Nation.

Loretta Sanchez, no programa da NBC, Meet the Press disse não saber onde está o problema de segurança nacional. "Eu estou perguntando onde está o problema de segurança nacional? Não se enganem sobre isso, no momento em que um desses mísseis de cruzeiro aterrizarem lá, estaremos na guerra da Síria," disse a democrata da Califórnia.

O ataque à Síria se baseia em um relatório da inteligência americana que acusa o regime de Bashar al-Assad pelo ataque com gás venenoso. O documento, que cita informações de inteligência e relatos de fontes no local, afirma que a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. Se confirmado, será o pior incidente com armas químicas em 25 anos.

Assad, que enfrenta uma rebelião há mais de dois anos, negou a autoria do ataque e apresentou à ONU provas de que teria sido feito pelos próprios rebeldes.

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