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Uma multidão formada por milhares de pessoas linchou um suposto estuprador após tirá-lo à força de uma prisão do estado de Nagaland, no noroeste da Índia, onde pelo menos 20 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia.

O grupo invadiu uma prisão da cidade de Dipamur na tarde de ontem e arrastou para o lado de fora o réu Syed Farid Khan, acusado de cometer um estupro na semana passada e que morreu por causa dos ferimentos, segundo declarações do superintendente da polícia local, Meren Jamir, ao jornal indiano Hindustan Times.

A multidão amarrou o corpo de Khan na Torre do Relógio de Dipamur, onde tinham a intenção de executá-lo em público caso não morresse no caminho da prisão, situada a sete quilômetros. Dipamur estava sob proibição de aglomeração nas ruas da cidade. Na quarta-feira, um grupo de pessoas queimou 20 lojas de estrangeiros para protestar pelo suposto estupro cometido por Khan, procedente da vizinha província de Assam.

O diretor-geral da polícia provincial, L.L. Doungel, classificou como “nefasta” a atual situação na cidade, de acordo com o jornal local “Indian Express”. O incidente ocorreu em meio a um período de polêmica na Índia, provocada por um documentário da “BBC” sobre o estupro e a morte de uma jovem em 2012, que inclui uma entrevista na qual um dos condenados, na prisão, culpa a vítima pelo incidente.

O estupro e a morte da jovem em 2012 gerou protestos sem precedentes no país asiático e forçou o governo a endurecer as penas por crimes sexuais, que desde então enchem as páginas dos jornais do país.

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