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Roof, que matou nove em igreja, queimava bandeiras dos EUA. | Reprodução / internet
Roof, que matou nove em igreja, queimava bandeiras dos EUA.| Foto: Reprodução / internet

Desde os ataques de 11 de setembro de 2001, ações de supremacistas brancos e extremistas antigovernamentais mataram mais pessoas em solo americano do que atos de muçulmanos. Segundo estudo do centro de pesquisa Nova América publicado ontem pelo jornal “New York Times”, neste período 48 americanos morreram em atentados sem relação com motivações religiosas, enquanto 26 foram vítimas de autoproclamados jihadistas.

Resgate

Parentes de norte-americanos feitos reféns por grupos terroristas no exterior não serão ameaçados de processo pelo governo dos EUA caso tentem pagar por sua libertação. A mudança foi anunciada ontem pelo presidente Barack Obama. Ele

disse que muitas famílias ficam “perdidas na burocracia” e admitiu falha de comunicação entre agências federais que cuidam do tema.

O caso mais recente que evidencia a pesquisa foi o massacre em uma igreja frequentada por negros em Charleston, na Carolina do Sul, que deixou nove mortos. O ataque da última semana, feito pelo supremacista branco Dylann Roof,de 21 anos, reacendeu a discussão sobre manifestações de racismo no país. Mas o episódio é só mais um exemplo de uma série de atentados letais realizados por pessoas que defendem o ódio racial, a hostilidade ao governo e teorias que negam a legitimidade das leis americanas.

“As agências de aplicação da lei em todo o país têm mostrado que a ameaça de extremistas muçulmanos não é tão grande quanto a ameaça de extremistas de direita”, disse Charles Kurzman, da Universidade da Carolina do Norte.

A pesquisa mostra que houve 19 ataques deste tipo desde o 11 de setembro. No mesmo período, foram sete ataques letais cometidos por militantes islâmicos em solo americano.

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Os números são conhecidos pelas autoridades. Uma pesquisa a ser publicada nesta semana perguntou a 382 departamentos de polícia e delegacias dos EUA quais as três maiores ameaças em cada local. Enquanto 74% responderam violência contra o governo, 39% apontaram a Al Qaeda.

Segundo o especialista em terrorismo John G. Horgan, da Universidade de Massachusetts Lowell, o descompasso entre as percepções públicas e casos reais está cada vez mais óbvio. “Agora há uma aceitação da ideia de que a ameaça do terrorismo jihadista nos Estados Unidos tem sido exagerada“, avaliou Horgan. “E há uma crença de que a ameaça da extrema direita e a violência contra o governo têm sido subestimadas”.

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