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O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, pediu neste domingo aos Estados-membros da União Europeia que confeccionem um plano que lide com a “crise humanitária” que os países do sul vivem com a chegada em massa de imigrantes.

“Peço aos governos dos Estados-membros da UE que formulem imediatamente um plano coerente para fazer frente à crise humanitária que enfrentamos”, afirmou Tsipras em comunicado.

Este plano se basearia em três aspectos: atualizar as estruturas de gestão da migração e de resgate no Mar Mediterrâneo, apoiar aos países europeus que recebem uma onda de imigrantes e refugiados muito maior do que sua capacidade de recepção, o que implicaria na assistência econômica para estes Estados.

Tsipras propôs, além disso, empreender iniciativas diplomáticas para “uma solução pacífica ao conflito em Síria, Iraque e Líbia e que aborde eficazmente o jihadismo”.

“A Europa não pode se basear no valor supremo da vida humana se não nos mobilizarmos para deter esta tragédia em curso”, manifestou.

O primeiro-ministro grego lamentou especialmente a nova tragédia no litoral da ilha italiana de Lampedusa, onde hoje naufragou uma embarcação com 700 pessoas a bordo.

“Nenhum de nós pode permanecer impassível quando centenas de almas se perdem no Mediterrâneo na tentativa de escapar da guerra e a pobreza”, apontou.

Tsipras conversou hoje com seu colega italiano, Matteo Renzi, para expressar suas condolências e transmitir seu apoio à solicitação da Itália de realizar um Conselho Europeu extraordinário sobre a gestão da migração no Mediterrâneo.

O dirigente grego lembrou também sua proposta de realizar uma conferência dos líderes dos países mediterrâneos membros da UE mais diretamente afetados por este fenômeno, “para coordenar melhor as emergências em nível europeu”.

“Não há tempo a perder. O atraso custa vidas”, enfatizou Tsipras.

O governo esquerdista do partido Syriza de Tsipras já lançou um plano de emergência para receber e transferir os imigrantes e refugiados que têm chegado em maciças ondas diariamente às ilhas do país.

A Grécia é uma das principais portas de entrada para quem quer chegar ao território europeu.

O país pediu várias vezes mais apoio aos parceiros europeus para tramitar o fluxo de pessoas que chegam por via marítima ao seu litoral, alegando que os abrigos da guarda-costeira do país estão transbordados. EFE

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