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Bom dia!

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, enviou direto para a Câmara dos Deputados uma denúncia que é melhor para o réu do que para a vítima.  A peça de mais de 60 páginas em que Rodrigo Janot acusa Michel Temer de corrupção passiva oferece ao presidente argumentos para se dizer alvo de perseguição política. Algo fatal para a urgência que o Brasil tem de retomar o crescimento econômico, desacelerado abruptamente pela delação da JBS. Este é o tema do nosso editorial “A denúncia de Janot e as prioridades do Brasil”.

Uma denúncia com provas cabais ajudaria o país a superar mais rapidamente a crise política que assola há anos. O Brasil tem pressa para mudar a agenda. Precisa voltar a discutir urgentemente as reformas.

Por enquanto, Temer segue manejando com a agenda para salvar a própria pele. Poucas horas depois de receber do Ministério Público a lista tríplice, o presidente escolheu Raquel Dodge como nova procuradora-geral da República. Do grupo de oposição a Janot, a quem substitui a partir de 17 de setembro caso passe em sabatina no Senado, Dodge foi a segunda colocada na lista. A velocidade de Temer na escolha foi uma maneira de tirar o foco da denúncia e enfraquecer o atual PGR.

A velocidade também ajudou Temer - e, neste caso, o país - na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A CCJ aprovou o texto da reforma trabalhista, que deve ir a votação no plenário na próxima semana

A aprovação dessa reforma é vista no Planalto como uma forma de ganhar fôlego junto ao mercado e ao setor produtivo. Embora o texto comece a ser recheado de jabutis, inclusive uma alternativa ao fim do imposto sindical. Reflexo imediato: as centrais sindicais já diminuem o ímpeto para a greve geral convocada para a amanhã.

Na via inversa, a reforma da Previdência, antes prioridade número 1, saiu totalmente da agenda do governo. O tema virou maldito, por não ter o dom de manter a base aliada fiel o suficiente para barrar as investigações contra Temer. 

No Conexão Brasília, André Gonçalves mostra como essa série de acontecimentos comprova que o país virou refém do Congresso, sem a menor perspectiva de sair do cativeiro. O editor de República também oferece três respostas para uma pergunta perturbadora: por que um presidente impopular e denunciado por corrupção não cai?

Por que Lula?

Mesmo na iminência de ser condenado no caso do tríplex do Guarujá, Luiz Inácio Lula da Silva se mantém na liderança de todas as pesquisas eleitorais para 2018. Rafael Moro Martins reuniu um grupo de eleitores do petista e perguntou por que eles ainda se dispõem a votar no ex-presidente.

Apesar do eleitorado fiel, o próprio PT e a esquerda radical já começam a articular uma candidatura alternativa ao ex-presidente. E Lula não está gostando nada disso.

A crise do passaporte

O Ministério do Planejamento prometeu a liberação de R$ 102 milhões para retomar a emissão de passaportes, suspensa pela Polícia Federal na terça-feira à noite, por falta de dinheiro. 

Guido Orgis escreve que o caso dos passaportes é apenas mais um sintoma de que o Brasil está afundado em uma crise fiscal.

Em Turismo, mostramos em quais casos é possível tirar passaporte de emergência, os únicos impressos neste momento. Tem também um tira-dúvidas completo sobre o documento.

E se está difícil sair do Brasil, entrar também tem suas complicações. Ricardo Amorim aponta uma forte redução no volume de investimento estrangeiro no Brasil, em maio. Mais uma fatura da crise política.

O nióbio de Bolsonaro

Jair Bolsonaro transformou a exploração do nióbio em uma das bandeiras da sua pré-candidatura à presidência da República. Sim, o metal é valioso e abundante no Brasil. Mas há um caminho longo (e inviável) a ser percorrido até transformar o nióbio em salvação da economia brasileira.

Outro Bolsonaro, Eduardo, acabou detonando uma briga dentro da direita brasileira. Rodrigo Constantino explica.

E a pena de morte?

Defendida por grande parte dos brasileiros como solução para a criminalidade, a pena de morte está sob forte discussão nos Estados Unidos. Os motivos variam do alto custo financeiro para executar um condenado à morte a boicote da indústria farmacêutica, relutante em fornecer as injeções letais.

Aos concurseiros

Estabilidade e altos salários são, invariavelmente, os grandes atrativos dos concursos públicos. Ao menos o primeiro ponto caminha para ser alterado. Avança na Câmara um projeto de lei que permite a demissão de servidores públicos por mau desempenho. Um pouco de meritocracia não faz mal a ninguém, né?

Aos universitários

Murilo Basso lista três ótimos exemplos do ensino superior internacional para as universidades brasileiras: currículo flexível, parceria com o mercado e gestão compartilhada com alunos.

Bola na rede

A quarta-feira teve o início das quartas de final da Copa do Brasil. O Atlético perdeu por 4 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, e viu a chegada à semifinal ficar muito distante. Palmeiras e Cruzeiro fizeram um jogo de seis gols em São Paulo e o Flamengo abriu boa vantagem sobre o Santos. Confira os resultados e a tabela do mata-mata.

Boas notícias

Nosso PIB Após oito trimestres seguidos em queda, o PIB do Paraná voltou a subir. Alta de 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Inteligente e barata São Gonçalo do Amarante, no Ceará, será a primeira cidade inteligente do Brasil com lotes a preços populares.

Descubra o Brasil Passagens aéreas nacionais estão 26% mais baratas do que em julho de 2016. Na falta de passaporte, ‘bora desbravar o Brasil?

Pulsante No Sempre Família, a história de Bill Conner, o americano que pedalou 4 mil quilômetros para conhecer o rapaz que recebeu o coração de sua filha, morta aos 20 anos.

Boa quinta-feira a todos!

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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