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Defendida, no século 17, por John Locke como um dos direitos inalienáveis do homem, a liberdade permanece sob ameaça, e sua manutenção depende de vigilância. Locke, filósofo inglês e um dos pais do liberalismo, dizia que todos temos direito à vida, à liberdade e à propriedade, e que para garantir estes direitos os homens criam governos. Se estes governos, porém, desrespeitam a vida, a liberdade ou a propriedade, o povo tem o direito de se revoltar.

Governos são criados para servir às populações e todos eles, de uma forma ou de outra, o fazem. No Brasil e em muitas outras nações, porém, esses governos muito mais se servem das populações do que servem a elas. São estruturas gigantes, lentas, incapazes e corruptas, voltadas muito mais a si mesmas que à população a quem alegam priorizar. Naturalmente há honrosas exceções, e temos setores e pessoas da estrutura pública que representam exemplos de dedicação e compromisso na melhor aplicação dos recursos do contribuinte. Esta, porém, é a exceção e não a regra.

Governos são necessários, mas é preciso entender que governo é custo e não receita

Como nos disse Margaret Thatcher, “não existe dinheiro público, existe dinheiro do contribuinte”. Cada centavo do “dinheiro público” saiu dos bolsos, da mesa, da casa, da família do trabalhador ou do empresário, ou seja, daqueles que produzem as riquezas.

Governos são necessários, mas é preciso entender que governo é custo e não receita. “Nada é mais caro que aquilo que o governo oferece gratuitamente” – este pensamento de autor desconhecido resume o fato histórico de que, salvo exceções, governos são maus gestores de recursos e quase tudo o que fazem custa não um pouco, mas muito, muito mais caro do que se fosse feito pela iniciativa privada. Outro pensamento, este de Dennis Prager, resume de modo muito claro meu ponto de vista: “quanto maior o governo, menor o cidadão”.

O presidente Ronald Reagan, fervoroso defensor de nossas liberdades, afirmava em discurso que nós, o povo, é que devemos dizer o que o governo pode fazer e não o contrário; em especial com o dinheiro que nós, o povo, demos a ele. Thatcher, Reagan e outros defensores da liberdade lutaram e lutam por governos menores e mais eficientes; por menos impostos e menos regulamentações. Governos grandes, caros e controladores representam a negação da liberdade e a opressão do homem pelo Estado. Sem liberdade jamais haverá felicidade.

É nosso direito natural sermos livres para, com esforço e coragem e sob o justo princípio da meritocracia, semear e colher na medida de nosso merecimento, sem taxações abusivas e cerceamento de escolhas tipicamente impostos por governos gigantes. Nossa liberdade, um direito inalienável, depende de vigilância! Menos governo! Mais cidadão!

Alan Schlup Sant’Anna é escritor e palestrante.
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