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Felipe Lima

Não vai ter golpe. Dilma apenas será impedida de continuar no cargo, tudo dentro da lei e das normas constitucionais. Será apeada do poder devido à incompetência de governar, às mentiras, por ter recebido dinheiro ilegal em sua campanha e por ter cometido crimes de responsabilidade. Pior ainda: por ter dado um tapa na cara dos brasileiros ao convidar para ser seu ministro um sujeito às voltas com a Justiça. Simples assim!

Cansamos de ser passivos e resolvemos assumir o importante papel de protagonistas da cena nacional. Depois do dia 13 de março, quando mais de 6 milhões de brasileiros foram às ruas em centenas de cidades em todos os estados, estamos reivindicando o fim da aventura petista e o fortalecimento do Poder Judiciário. Quer legitimidade maior? As manifestações ordeiras e pacíficas mostraram o verdadeiro espírito dos brasileiros. Demos o recado cristalino a Dilma, a Lula, a seus seguidores e a todos os corruptos: “basta!”

O Palácio do Planalto transformou-se em um circo. Dilma fala apenas à sua claque escolhida a dedo

Da mesma forma, a maioria absoluta dos ministros do STF não só percebeu a reação das ruas como reagiu com firmeza às declarações chulas e desrespeitosas do mito do PT. Os magistrados, em número que continua crescendo, declararam seu apoio, sem qualquer direcionamento partidário, ao juiz Sergio Moro e a suas atitudes na “República de Curitiba”, como caracterizou Lula, o messias do pau oco.

O Palácio do Planalto transformou-se em um circo. Dilma fala apenas à sua claque escolhida a dedo, artistas e intelectuais, funcionários encravados na máquina pública federal, bandos ligados ou travestidos de MST, estudantes sustentados na UNE, todos dependentes da “mortadela” oficial e que bradam “em defesa da democracia”. Que democracia? A bolivariana? A cubana? A que eles defendem como sinônimo de incompetência e corrupção?

O país está dividido, prestes a uma convulsão social. Se Dilma tivesse grandeza, espírito cívico e humildade, renunciaria. Pouparia os brasileiros do desgaste emocional e psicológico, e de um embate que pode transformar-se sangrento. O Brasil parou! Não se governa mais. O que resta é um balcão sujo de compra e venda de parlamentares para votar contra o impeachment. Mas, felizmente, estamos todos de olho neles.

E, enquanto o impeachment não vem, Dilma, Lula e seus convivas insistem no seu “pacote anticrise” e “antigolpe”: ameaças à Policia Federal proclamadas pelo (agora suspenso) ministro da Justiça, Eugênio Aragão; ameaças dos movimentos sociais de que o país será incendiado com greves gerais; tentativas de lançar suspeição sobre as atitudes do juiz Sergio Moro e afirmações de que a Lava Jato é a causadora da ruína econômica do país; além da insistência na ladainha de que a “estabilidade democrática e a justiça” estão seriamente ameaçadas.

Somente agora, que a água está batendo na saia, que partidos políticos deixam a base do governo e a possibilidade de impeachment é real e imediata, a presidente vem falar em acordo nacional com base em um programa de recuperação da economia e da união de esforços. A mesma coisa dita pelo seu vice, Michel Temer, em seu discurso vazado, caso venha a assumir a Presidência.

Enquanto isso, a imagem do Brasil no exterior cai por terra. A economia brasileira está puxando para baixo o crescimento mundial. A ONU classificou o país como preocupante, e em sérias dificuldades. As publicações britânicas The Economist e The Guardian sugerem em seus editoriais a renúncia de Dilma. O americano The New York Times destacou a indicação de Lula como “uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça” e defendeu que Dilma deveria renunciar agora. É o que pensa a maioria absoluta dos cidadãos brasileiros. Tchau, querida!

Cláudio Slaviero, empresário, é ex-presidente da Associação Comercial do Paraná e autor de A vergonha nossa de cada dia.
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