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Que os preços dos combustíveis subiriam todo mundo já sabia. A notícia era de que o consumo interno explodiu junto com a cotação internacional do petróleo. E, assim, a Petrobras teve de aumentar as compras no exterior sem poder reajustar o preço interno. O reajuste não agradou, em especial, ao bolso do consumidor. O aumento dos combustíveis é mais um item na longa lista de problemas que o Brasil vem enfrentando na economia. Mas, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, "uma pequena correção não vai atrapalhar ninguém".

Será? Não vamos discutir aqui se esse aumento da gasolina é justo, adequado, correto ou não. Vamos apenas nos ater a um fato: esse aumento de 6,6% no valor da gasolina e de 4,4% no preço do diesel vai pesar muito mais no bolso do consumidor do que se imagina.

Ocorre que a grande maioria dos itens consumidos pela população é transportada, normalmente, por caminhões, movidos a gasolina ou óleo diesel. Portanto, certamente esse impacto do reajuste será ainda maior para a população brasileira, uma vez que os transportadores devem repassar o custo a mais que terão na hora de abastecer. Com isso, toda a cadeia de abastecimento deverá, também, repassar este reajuste para o produto final. Dessa forma, invariavelmente haverá uma cascata de aumentos, a menos que as empresas assumam tal diferença e não a repassem ao mercado. Mas não se pode acreditar que tal fato ocorrerá.

Claro que tudo isso serve para pensarmos como estamos nos comportando como cidadãos. Uma lei que sempre estará em vigor é a da oferta e procura. Se o público não adquirir, o preço baixa. Se o preço baixar, o público comprará mais. Essa é a lógica de mercado. Pensemos nisso!

Luiz Fernando Campos, economista e doutor em Engenharia de Produção, é professor do Centro Universitário Uninter.

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