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O PMDB do Paraná precisava de um novo rumo. O partido é e sempre foi um espaço democrático, onde cada um pode e deve ter suas posições pessoais e diferenças respeitadas. Essa liberdade, porém, não pode jamais ser confundida com o uso indevido da sigla ou como ambiente para se destilar ódio ou vingança.

A nova direção do PMDB paranaense, sob a liderança do senador Roberto Requião, veio restabelecer a unidade. Os embates internos e o contraditório continuarão existindo, mas tenho certeza de que agora as discussões serão pelo fortalecimento de um projeto partidário.

O documento “Uma ponte para o futuro” oferece uma abordagem tecnocrática da realidade brasileira

Um debate, aliás, do qual não nos furtaremos estará no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), que recentemente lançou um programa de governo batizado como “Uma ponte para o futuro”. Pertenço a um grupo que discorda das teses do documento, que oferece uma abordagem tecnocrática da realidade brasileira. A história do PMDB, de resistência democrática e defesa do cidadão, não pode cacifar um ataque à Constituição, agora questionada por garantir “excesso de direitos”. O documento chega ao cúmulo de cogitar a possibilidade de aposentados ganharem menos de um salário mínimo, além de propor a reavaliação de programas importantes como o Bolsa Família e o Ciência Sem Fronteiras.

O documento, porém, acerta ao criticar as altas taxas de juros, o que trava o crescimento da economia e diminui o ritmo da geração de emprego e renda no país, especialmente neste momento de crise. Apesar disso, vamos levar propostas alternativas ao programa da FUG. Não se trata meramente de ajudar o governo, mas de ajudar o país.

Sobre o governo, aliás, vale destacar que a aliança foi decidida em convenção. A relação, no entanto, não significa submissão e nem omissão. O que nos cabe é formular propostas, apresentar alternativas e implementar soluções. Dentro dessa perspectiva, o entendimento é de que o impeachment seria um golpe e enfraqueceria a democracia.

Em nível estadual, como secretário-geral do partido, pretendo voltar a dialogar com setores da sociedade que ficaram decepcionados e desiludidos com o PMDB. Minha meta é fazer com que tenhamos candidaturas de prefeitos e vereadores em todos os municípios em 2016. É o primeiro passo para alinhar as lideranças por um sentido único em 2018.

A vontade de transformar o partido vai marcar a nova dinâmica do PMDB no Paraná.

João Arruda é deputado federal pelo PMDB e coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional.
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