Gleisi Hoffman perde a compostura. Governo sofre nova derrota

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Bom dia!

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A senadora Gleisi Hoffman perdeu a linha e afirmou, em entrevista, que “para prender o Lula, vai ter que matar gente”, em referência a um eventual desfecho do julgamento do recurso do ex-presidente no TRF4. Mais tarde, fez o deixa disso e afirmou que se tratava de “força de expressão”.

Em entrevista a Rogério Galindo, Gleisi disse que o PT tem “tradição de fazer manifestações pacíficas” e que os petistas vão entender qualquer condenação de Lula como um ataque à democracia e ao Estado de Direito. Mas, ambígua, diz que o partido não vai aceitar este resultado.

Nosso editorial comenta a leviandade da retórica inflamada do PT, que convida ao desprezo pela Justiça e à virulência das manifestações, a ponto de o presidente do TRF4 ter se queixado formalmente de ameaças à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia:

Ainda que nenhum petista de alto escalão tenha pensado em ameaçar os julgadores de Lula, não se pode descartar que algum militante, acreditando estar seguindo a ‘vontade do partido’ na defesa de seu líder máximo, tenha partido para esse tipo de violência.

E Gleisi começou a semana acreditando que a causa de Lula é tão obviamente boa e justa que merecia até apoio em torcida de futebol internacional. O caso do “Forza Lula” nos fez rir, mas Gustavo Nogy nos explica porque deveríamos ter chorado.

É a última que morre

Quem também parece confuso é Lula. O ex-presidente, a oito dias do julgamento, ainda tenta produzir provas de sua inocência, ao mesmo tempo que planeja uma viagem à Etiópia, com uma invejável entourage custeada por dinheiro público. Certamente, a eleição de 2018 está na mira.

Nanico

O deputado federal Jair Bolsonaro fará uma aposta arriscada ao migrar para o PSL, pois pode acabar sem participar dos debates presidenciais promovidos por emissoras de rádio e televisão nas eleições. Kelli Kadanus explica.

Ventos do norte

Enquanto o PT exaspera os ânimos, Arthur Virgílio Neto (PSDB), prefeito de Manaus, solta o verbo para tentar consolidar seu nome, e não o de Geraldo Ackmin, como candidato à presidência e cair no gosto da centro-direita.

Novidade

O presidente Michel Temer decidiu afastar, a princípio por 15 dias, quatro dos 12 vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, após recomendação do Banco Central e do MPF, baseada em um estudo independente contratado pelo banco. O MPF está investigando os afastados por corrupção.

Está ficando feio

O governo perdeu mais uma disputa judicial, desta vez no TRF5. O presidente do tribunal negou um recurso do governo contra uma decisão de primeira instância que havia suspendido a Medida Provisória 814/2017, que permite a privatização da Eletrobras.

Bons sinais

Ricardo Amorim elenca vários sinais de que a economia brasileira trará boas surpresas em 2018. A expectativa é de que o Brasil cresça mais de 2%. Que as eleições possam trazer boas surpresas também.

Tamanho do bolo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pedido da Gazeta do Povo, fez uma projeção do tamanho do fundo partidário em 2017. As contas devem fechar além dos R$ 750 milhões. Só o PT recebeu perto de R$ 100 milhões.

Estreia

Francisco Razzo, autor dos livros “A Imaginação Totalitária” e “Contra o Aborto”, é o mais novo colunista da Gazeta do Povo e estreia com um tema que interessa a todos, sem exceção:

Quase morrer é viver a aventura da insignificância e lembrar que, se o orgulho transformou anjos em demônios, as incertezas transformam homens em humanos.