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 | Cidade Olípica/ PCRJ/Fotos Públicas
| Foto: Cidade Olípica/ PCRJ/Fotos Públicas

Marketing é a palavra-chave para entender a ascensão do PT à Presidência do país e sua permanência por 13 anos. Duda Mendonça e João Santana são gênios da publicidade – malignos, mas gênios. Eles sabiam como mover os sentimentos do povo brasileiro a favor de Lula, e depois de Dilma, criando a imagem de underdog e de batalhadora destemida, respectivamente, coisas com que o povo se identifica. Qualquer um que conheça um pouco da biografia de ambos e a história do PT sabe que os petistas foram (e ainda são) os únicos a ter uma estratégia de poder – não só para o Brasil, mas para a América Latina – em curso há décadas, e que, uma vez no Planalto, fariam exatamente o que fizeram. Lula foi tão bem-sucedido em seu papel de “paz e amor”, o que hoje sabemos que a jararaca não é, que virou o garoto-propaganda do Brasil nas outras nações. As esquerdas do mundo inteiro o adoravam. Obama chamou-o de “the man!” E assim, na conversa, tanto a Fifa quanto o Comitê Olímpico Internacional acharam uma boa ideia trazerem seus megaeventos para cá, já que o Brasil estava na moda. Bom, deu no que deu... O Brasil já passa vergonha na cobertura da mídia estrangeira, e o prometido “legado” da Copa e dos Jogos Olímpicos consiste majoritariamente de despesas que o brasileiro está custeando. Ubiratan Leal comenta o presente de grego que esses eventos se tornaram para nós e para o mundo.

Um dia chega a conta

Explicando melhor. Os Jogos Olímpicos custaram caro ao bolso do cidadão? Sim. Mas não nos iludamos quanto a serem os responsáveis diretos pela bancarrota do Rio de Janeiro, cujo governador recentemente declarou estado de calamidade pública. E o caso do Rio não é muito diferente daquele do resto do país: você pode gastar mais do que tem, mas um dia chega a conta. Paulo Figueiredo Filho, com uma franqueza sem melindres, explica como chegamos ao fundo do poço da economia.

Obama é pop

Obama é outro filho do marketing. Ele é hip, cool, and – of coursea nice guy! O que quer dizer que ele encarna muito bem a cartilha do politicamente correto. O fenômeno Obama, de certo modo, foi novidade na política americana, que sempre preferiu os políticos com uma postura que, ao menos remotamente, lembrasse a dos pais fundadores: com mais compostura, mais puritana, mais tradicional. Vejam, neste artigo de Da Cia, o vídeo linkado de Obama no programa de Jimmy Fallon e entenderão perfeitamente do que estou falando. O articulista ainda comenta o que de fato foi o governo dos EUA nos últimos oito anos. E qual é o problema dessa popularidade de Obama? Um: ela escamoteia um governo desastroso que, se agora parece próspero, deixa uma conta gigantesca para o cidadão, que muito em breve vai estourar na cara do americano (isso lembra algum outro país?); e desastroso também pela política externa. Dois: a popularidade de Obama mostra uma mudança de perfil do eleitorado americano, o que pode significar uma mudança de valores na nação, o que seria péssimo. Por outro lado, Donald Trump parece estar se aproveitando do mesmo tipo de estratégia de marketing, só que meio às avessas, e parece estar dando certo. Veremos.

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