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| Foto: Paulo Pinto/Agencia PT

O Brasil é insano como um sonho de Alice. Se Lula escapar da Lava Jato, será candidato à presidência em 2018, e tem chances de ganhar, segundo pesquisas. A possibilidade de um novo governo de um ex-presidente que atolou o país na lama da corrupção e da crise econômica seria, em qualquer outro lugar do mundo, surreal. Mas o Brasil é um expoente em contrassensos, e aqui Lula não é carta fora do baralho. Esse fato, por si só, já é escandaloso – seja porque ele ainda não foi preso, seja porque ainda há gente disposta a votar nele. É uma vergonha para os brasileiros ver o líder do maior esquema de corrupção da história do mundo andando por aí, impune, e falando publicamente na TV, no rádio, em comícios. Os petistas farão de tudo (sempre fizeram, na verdade) para que o povo se acostume à desonra, abusando do argumento de que todo político é corrupto. O caos favorece-os. Guilherme Fiuza deposita suas esperanças na Lava Jato como meio de salvar o país de uma tragédia ainda maior.

Lula: vale a pena ver de novo? Não!

Lula segue com seu discurso vitimista, bem ao estilo novela mexicana, com uma trama de perseguição maquiavélica da “direita”, essa entidade que “não liga para os pobres”. Mas agora já sabemos o que se passou nos bastidores de seu governo, e sabemos que a narrativa que Lula sustenta de como a era petista foi próspera – graças a ele – é mentirosa. Sabemos que a maior recessão da nossa história não se originou em meses de governo Temer. Renata Barreto explica – só faltou desenhar – como Lula se refestelou na bonança das commodities, navegou na onda do Plano Real, e, principalmente a partir do segundo mandato, foi totalmente irresponsável com a economia, elevando os gastos públicos às alturas e ampliando o crédito para produção e consumo como um pródigo, no que foi seguido por Dilma. O lulopetismo levou o povo pelo caminho fácil da falsa riqueza, até que todos chegaram ao destino final: o empobrecimento.

O jeito petista de governar

Como apontei, o jeito petista de governar é na base do roubo, da propina, da canetada e da gastança. Já está tudo às claras. Como é possível que Lula ainda tenha um séquito fiel de eleitores, de gente que ainda o escuta e endossa suas mentiras descaradas, sem um pingo de razoabilidade? Tirando os cínicos assumidos, aqueles que não vêm a hora de ganhar sua parte no “esquema”, só consigo pensar numa espécie de síndrome de Estocolmo política e coletiva para explicar como Lula segue firme nas pesquisas para 2018. Para os fiéis lulistas, tudo vale – até ver metade dos frutos do seu trabalho sendo abocanhados para sustentar o propinoduto, desempegro, empresas fechando as portas, 60 mil homicídios por ano, crise institucional em todo o setor público – para manter intacta a própria personalidade, edificada sobre os pilares do pensamento da esquerda e adornada pelo petismo militante. Já Eric Balbinus suspeita de uma espécie de mentalidade criminosa em comum.

Depoimento de Marcelo Odebrecht

Marcelo Odebrecht soltou a língua. Ele afirma que fez doações ilegais para a campanha de Dilma e Temer. Aliás, conta que tinha uma conta com a presidência. Agora não estamos mais naquela fase em que víamos fumaça, fumaça, fumaça, e cadê o fogo? E esse é só o começo. Felipe Moura Brasil comenta o depoimento de Marcelo.

Caixa dois: não dá para relativizar

Os corruptos de menor envergadura (na comparação com os petistas do alto escalão) e que permanecem exercendo seus cargos estão fazendo de tudo para sair da mira da Lava Jato; nem que, para isso, deem de presente a impunidade a seus adversários políticos. Carlos Andreazza explica como a lei que pretende estipular dois tipos de “caixa dois”, um de menor e outro de maior gravidade, pode fazer com que a Lava Jato acabe em pizza. Isso somado ao financiamento público de campanha e à lista fechada – propostas da reforma política – significará a morte da democracia brasileira.

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