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| Foto: Benis Arapovic/Free Images

Ícaro de Carvalho tratora, neste artigo, a psicanalista Regina Navarro, que acredita que casamentos insatisfatórios são perpetuados pelo medo da solidão, e que o sucesso da relação depende muito mais da escolha certa do parceiro do que do empenho em adaptar-se, fazendo todas as concessões necessárias, à nova vida conjugal. É verdade que há coisas das quais não se deve abrir mão para satisfazer o outro, como dos valores pessoais, e é prudente escolher o futuro cônjuge levando isso em consideração. No entanto, o medo da infelicidade matrimonial multiplicou os requisitos da lista da “pessoa certa”, transformando namoros, e até casamentos, em sucessivas tentativas malogradas. Fundar a própria vida no terreno movediço dos sentimentos é estar sempre correndo risco de cometer equívocos, porque os sentimentos mudam com facilidade. No meio das tempestades da vida a dois é que surgem as melhores oportunidades de demonstrar o compromisso com o outro, apesar do outro. Isso é amar.

Povo falso

“Somos movidos por sentimentos, não por valores” afirma Ivan Martins, neste artigo, que analisa o comportamento padrão do brasileiro no trato pessoal, e particularmente em relacionamentos amorosos. Sob o costume de povo caloroso, que não hesita em demonstrar afeto, disfarçamos uma profunda falta de consideração com o outro, um egoísmo que é perceptível desde as coisas mais banais, como um “vai lá em casa” que nunca é agendado, como o hábito de manipular pessoas pela simpatia, até a praxe de alguns de simular um entusiasmo maior por alguém, quando não há nada mais que interesse sexual.

Sex lib

A revolução sexual “desempoderou” – digamos assim, para ver se algumas pessoas entendem – as mulheres. Como nunca, elas são tratadas de modo desrespeitoso, são descartadas. Via de regra, mulheres são mais sensíveis, demandam carinho e cuidado. Sem querer negar que, como os homens, gostam do prazer proporcionado pelo ato sexual, o tipo de satisfação que buscam num relacionamento amoroso costuma ser primordialmente de natureza afetiva. É muito mais difícil ser solteira hoje em dia adotando uma postura resguardada e tendo de fazer frente à constante exposição de corpos seminus diante dos homens. Muitas acreditam que se exibir como num açougue é modo de receber mais atenção, que atender às demandas sexuais de um pretendente é modo de mantê-lo interessado. Quanto engano! O empenho no cortejo por parte do homem está, graças à liberação sexual, cada vez mais fora de moda. E será que a maioria das mulheres está mesmo satisfeita com isso? O sexo foi reduzido a ocasião para uma espécie de “masturbação a dois”, e perdeu-se de vista a maravilhosa experiência do amor entre homem e mulher, que transborda na união dos corpos. Thiago Cortês traz as análises de Theodore Dalrymple sobre o fenômeno da revolução sexual.

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