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| Foto: Antony Ruggiero/Free Images

Em maior ou menor medida, todos convivemos com um número limitado de pessoas, que tendem a ter biografias mais ou menos semelhantes às nossas. Profissão, amigos, família, educação, posição social, local de nascimento, momento histórico são todos fatores que delimitam um número de enredos de vida a que estamos habituados. Desse modo, nosso horizonte de consciência sobre as mais diversas questões humanas fica restrito à mesmice do que já conhecemos. Muito sofrimento pode surgir disso, de uma imaginação empobrecida. Ampliar o olhar acerca das possibilidades humanas favorece o entendimento da realidade como um todo, da sua própria inclusive. Como fazer isso? Através da literatura e do cinema. João Pereira Coutinho indica quatro filmes que estão em cartaz: Amor e Amizade, adaptação primorosa de Lady Susan, da brilhante escritora Jane Austen; A Corte, de Christian Vincent, que vale pela brilhante atuação de Fabrice Luchini; Rebecca - A Mulher Inesquecível, de Alfred Hitchcock (cópia restaurada), que trata da pressão que os antepassados exercem sobre o destino dos indivíduos; e Francofonia, de Aleksandr Sokurov, que, pelos olhos de um russo, faz uma meditação sobre a civilização ocidental (pelo que pude conferir, apenas a primeiro e o último filme estão em exibição em Curitiba).

Hippongos

Na década de 60, revolução sexual era novidade e parecia uma ideia extremamente libertadora. Vamos dar um crédito às extravagâncias que surgiram nessa época porque, de fato, o Ocidente emergiu das duas Grandes Guerras profundamente abalado em seus valores. Os hippies são o produto típico dessa década, e até hoje há quem alimente a fantasia de abandonar a civilização para viver numa comunidade de paz e amor. Mas não nos enganemos: a carga de romantismo acerca desse ideal de vida é gigantesca. O que acontece de verdade quando um casal resolve desapegar-se do modelo típico de família para viver “o amor” livremente? A Comunidade, último filme do cineasta nórdico Thomas Vinterberg, traz a resposta. Confira aqui a indicação e os comentários de Paulo Cruz.

Malick e a dimensão espiritual do homem

Terrence Malick é um dos cineastas mais sensíveis da atualidade. Retrata os dramas humanos sem cair na banalização dos sentimentos, nem no desespero dos niilistas, e sequer no moralismo dos fariseus. Dionisius Amendola comenta o último filme de Malick, Cavaleiro de Copas, que, como os antecessores A Árvore da Vida e Amor Pleno, recorda-nos que, a despeito de todo o sofrimento desse mundo, há a promessa de vida eterna junto a Deus.

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