A força-tarefa da Polícia Federal criada em 2014 para ajudar a Operação Lava Jato chegou ao fim nesta semana. A partir de agora, os agentes e delegados passam a atuar também em outros casos conduzidos pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros. O motivo oficial: não há mais demanda na Lava-Jato para manter a atual estrutura de investigação. “A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário”, diz nota da PF.
No auge, entre 2015 e 2016, a força-tarefa chegou a ter onze delegados. Número reduzido para seis em maio.
O anúncio encerra um ciclo de três anos de trabalhos que foram fundamentais para desvendar as entranhas da corrupção no Brasil. Isto não quer dizer que a operação, como um todo, chega ao fim, pois ainda há muitos inquéritos abertos. Mas os trabalhos devem diminuir de intensidade. “É um evidente retrocesso. Por isso, o Ministério Público Federal espera que a decisão possa ser revista”, afirmaram em nota os procuradores da força-tarefa.
Aqui cabe um alerta: é importante que a sociedade continue cobrando o avanço nas investigações mesmo sem a força-tarefa, ainda mais após as delações da JBS. A Lava-Jato é a maior caçada que o Brasil já presenciou contra corruptos e não nos parece, neste momento, ter atingido o objetivo final.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi
Deixe sua opinião