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Bom dia!

O  país ainda espera uma indicação mais concreta de qual será a linha de atuação do BNDES sob seu novo presidente, Paulo Rabello de Castro. Um ponto é pacífico: o banco não pode retroceder à política implementada nos anos de governo PT. Lúcio Vaz traz alguns bilhões de motivos para isso.

Entre 2003 e 2014, o BNDES financiou R$ 13,6 bilhões para construtoras implicadas na Lava Jato até a medula tocarem obras no exterior. O montante corresponde a 93% do total financiado pelo banco estatal para exportação de bens e serviços. Os destinos favoritos para investimento foram todos países (surpresa!) comandados na época dos aportes por aliados políticos do PT. Veja com seus próprios olhos:

A gestão de Maria Silvia Bastos Marques fechou a torneira camarada e, pelo seu perfil, Rabello de Castro ficará muito mais próximo da responsabilidade da antecessora do que da generosidade seletiva de Luciano Coutinho - sustentada por Guido Mantega, que, vejam só, admitiu ter conta não declarada na Suíça; mas sem propinar, ele garante. A troca de comando no BNDES é tema do nosso editorial de hoje:

Maria Silvia deixa como legado a cultura que deveria ser a norma do órgão: interesse nacional, decisões rigorosamente técnicas e repúdio à interferência política nos financiamentos concedidos pelo banco. Suas diretrizes ficam, e dificilmente serão mudadas.

Bessias em pauta

O PT e dois de seus partidos-satélite (PCdoB e PSB) tentam que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reabra o processo contra Sergio Moro por divulgar conversa telefônica entre os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Catalogado no anedotário político nacional como “caso Bessias”, o áudio tem os petistas comentando a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil de Dilma, o que daria a ele foro privilegiado.

Hoje será discutido o recurso de parlamentares dos três partidos de esquerda contra o arquivamento do processo contra Moro no CNJ. O pedido é para que o juiz sofra medidas disciplinares que vão de advertência a demissão.

“Diretas Já” ou “Lula lá”?

Rodrigo Constantino analisa, em seu blog, o ato encabeçado por artistas, domingo, no Rio, pedindo eleições diretas para uma eventual sucessão de Michel Temer. “Basta observar as bandeiras presentes no evento, todas vermelhas com as marcas da CUT ou do PCdoB estampadas nelas para ver que a história de que a mobilização era algo 'acima' da direita ou esquerda não passa de engodo”, escreveu.

Por falar em Temer...

A troca entre os ministros Torquato Jardim (agora na Justiça) e Osmar Serraglio (Transparência) monopoliza o debate político nacional. Kelli Kadanus reporta que a força-tarefa da Lava Jato definiu a mudança em uma palavra: desespero.

Serraglio já enfrentou resistência no primeiro dia à frente da nova pasta. Funcionários protestaram contra o ministro, citado na Operação Carne Fraca, com uma frase direta: “aqui a carne é forte”. No Congresso, a bancada ruralista já suspirava de saudade do antigo titular da Justiça, que comprou a briga da demarcação de terras indígenas e de quilombolas. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da bancada, resumiu o sentimento dos parlamentares ligados ao agronegócio:

Claro que não ficamos contente. O Osmar vinha impondo seu trabalho, seu estilo e tirando aquela mácula ideológica do ministério, que atrapalhava muito a relação com o setor.

A entrada de Jardim na Justiça faz parte da estratégia clara de Michel Temer para seguir na presidência: resistir e endurecer. Até quando?

Esqueceram de nós

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) saíram do centro do turbilhão político. E mesmo a prisão de ambos, que parecia questão de horas quando explodiu o escândalo JBS, fica cada vez mais improvável, como mostra Flávia Pierry - e resumida pelo advogado criminalista Luís Henrique Machado:

 Não cabe mais um decreto de prisão preventiva tardio. Perdeu-se o ‘timing’ da prisão.

 Reforma que segue

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado discute, hoje, o texto da reforma trabalhista. Na versão atual, consta o fim do imposto sindical obrigatório - usado correntemente com fins político-partidários e para manifestações que descambam para o terrorismo, vide a do dia 24, em Brasília. Um ponto que não entrou em momento algum na pauta foi o fim da contribuição obrigatória que alimenta o Sistema S. Uma arrecadação de quase R$ 16 bilhões ano passado, agora alvo de um projeto de lei específico no Senado.

Universidade fora da caixa

O editor de Educação, Gabriel de Arruda Castro (bem-vindo ao time, Gabriel!), se embrenha em um dos tabus do ensino nacional: a cobrança de mensalidade nas universidades públicas. Em março, a Câmara rejeitou o fim da gratuidade em cursos de pós-graduação. Um debate raso, que não foi no ponto-chave: quem efetivamente se beneficia do atual regime de gratuidade universal?

A selfie que salva

Símbolo do narcisismo digital, as selfies estão sendo transformadas em dispositivos de segurança. Mastercard, Gol e Banco Neon já estão utilizando a autenticação por selfie. Uma maneira de transformar em dispositivo de segurança uma das finalidades mais comuns dos aparelhos celulares.

Escada acima

Quer algumas dicas para driblar o marasmo profissional e alavancar sua carreira? Tenha metas ambiciosas. Mantenha o foco nas metas. Trabalho duro. E... leia as outras sete que selecionamos para você.

Milão ou milhão?

Em sua coluna, Celso Nascimento fala de como a planilha de Ricardo Saud, executivo da JBS, lança mais dúvidas sobre a doação da empresa à campanha de Beto Richa em 2014. No fim de semana, o Estadão trouxe anotações manuscritas de Saud indicando o que seriam duas doações de R$ 1 milhão a Beto. Na prestação de contas ao TSE, porém, aparecem uma doação de R$ 1 milhão e outra de R$ 1 mil.

Tempo de ajuste

No “Sínteses”, debatemos o ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba, que posterga alguns pagamentos a servidores públicos.

O secretário de governo municipal, Luiz Fernando Jamur, reforçou o respeito pelos servidores municipais, mas disse que “o governo precisa ser desenvolvido para o conjunto dos quase 2 milhões de cidadãos e cidadãs da nossa capital, sem ficar refém de nenhum grupo.”

A coordenadora de Comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba, Soraya Cristina Zgoda, reclama de falta de discussão séria da proposta: “o princípio de um ajuste fiscal como este é jogar nas costas do trabalhador o corte de direitos. No entanto, Greca segue respeitando as grandes empresas e os grandes devedores do município.”

Exposto

O ex-prefeito Gustavo Fruet sai, aos poucos, do exílio que se impôs após nem ir para o segundo turno das eleições do ano passado. Primeiro, falou a José Carlos Fernandes dos seus hábitos pós-política. A Felippe Aníbal, Fruet olha para a gestão que ficou para trás e para as que pretende construir.

Meu pai falava muito que ‘político sem mandato é como sino sem badalo’. É difícil não ter um espaço.

O amor está no ar

Faltam pouco menos de duas semanas para o dia dos namorados e já tenho um primeiro pacote de dicas para você.

Do Sempre Família, 8 ideias de presentes baratos e criativos.

Do Viver Bem, dicas para cultivar um relacionamento duradouro.

Do Bom Gourmet, o chef e consultor Alexandre Bressanelli dá dicas para você fisgar ele ou ela pelo estômago em um jantar romântico.

Gazeta de ouvir

No podcast Vida Financeira, a editora Fabiane Ziolla Menezes e o nosso âncora Teco Medina recebem Luciana Seabra, da Empiricus, para falar sobre onde investir em momentos turbulentos como o atual.

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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