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Representantes do governo do estado e dos caminhoneiros se reuniram na quinta-feira (24). | Divulgação/AEN-PR
Representantes do governo do estado e dos caminhoneiros se reuniram na quinta-feira (24).| Foto: Divulgação/AEN-PR

O governo do Paraná anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), que vai abrir mão de solicitar o apoio de forças nacionais de segurança pública para desbloquear rodovias afetadas pela greve dos caminhoneiros. O chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato, destacou que a prioridade do estado é apostar no “diálogo equilibrado” e nas negociações com os caminhoneiros que, segundo ele, estão se desenrolando de forma bastante satisfatória. O posicionamento do Paraná ocorreu após o presidente Michel Temer (MDB) ter anunciado em cadeia nacional que o governo federal autorizou o uso de forças federais para acabar com as manifestações.

“Não imaginamos que tenhamos a necessidade de utilizar a força (...) No Paraná, não temos situações conflagradas que possam sugerir o uso da força”, disse o coronel.

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Pela manhã - antes mesmo do anúncio de Temer - , a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) recebeu um telefonema da Força Nacional de Segurança, oferecendo apoio para desbloquear as estradas. À tarde, as autoridades estaduais fizeram uma videoconferência com a cúpula federal, mas descartaram o reforço. No entanto, o secretário de Segurança do Paraná, Júlio Reis, apontou que a pasta monitora continuamente o desenrolar da manifestação - que já soma mais de 240 pontos de bloqueio em todo o Paraná.

“Nós estamos de prontidão e vamos continuar analisando”, disse o secretário.

Diálogo e acordo

O principal fator que levou o Paraná a recusar o apoio federal é o fato de as negociações com os caminhoneiros estarem caminhando dentro do que o governo do estado espera. Na noite de quinta-feira (24), a Defesa Civil do Paraná e os líderes dos caminhoneiros firmaram um acordo, por meio do qual os manifestantes se comprometeram a liberar o passagem de cargas consideradas essenciais - como insumos hospitalares, ração animal, cargas vivas e combustível para ambulâncias e viaturas.

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“Nós estabelecemos prioridades e elas estão sendo respeitadas”, resumiu o coronel.

A expectativa do governo é de que, a partir deste acordo, os efeitos da greve possam ser minimizados - o que já vem ocorrendo em alguns setores produtivos. Como exemplo, Tortato mencionou que os fluxos de ração para a indústria avícola já ocorrem dentro do previsto, com o insumo chegando normalmente aos produtores. Apesar disso, o coronel mencionou que houve alguns poucos casos pontuais em que os manifestantes se negaram a liberar as cargas, mas todos esses episódios foram, segundo ele, rapidamente solucionados com a negociação de órgãos de segurança.

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