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Policiais cumprem mandados dentro da Operação 14 Bis | Divulgação/Polícia Federal
Policiais cumprem mandados dentro da Operação 14 Bis| Foto: Divulgação/Polícia Federal

Dezesseis dos vinte presos da Operação 14 Bis foram soltos ainda na terça-feira (13), horas após a deflagração da investigação que apura desvios de cerca de R$ 5,7 milhões em contratos do campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Cornélio Procópio. Eles foram libertados após a Polícia Federal (PF) considerar que não representavam risco à investigação. O Ministério Público Federal (MPF) concordou com o argumento e os investigados foram soltos pela Justiça.

Não foram impostas medidas cautelares aos libertados, como uso de tornozeleira eletrônica ou restrição de deslocamento.

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Os outros quatro suspeitos passaram por audiências de custódia e continuam detidos na sede da Polícia Federal em Londrina. As prisões deles são temporárias, ou seja, têm duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco caso PF e MPF solicitem e a Justiça entenda que é cabível. Entre os investigados que seguem na prisão estão o ex-diretor-geral do campus Devanil Antônio Francisco e o ex-diretor de Administração e Planejamento Sandro Rogério de Almeida.

Operação 14 Bis

A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (13) 20 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná. Presos na terça, o ex-diretor-geral do campus e o ex-diretor de Administração e Planejamento já haviam sido exonerados dos cargos após auditorias internas da própria UTFPR-CP.

As investigações duraram dois anos e meio e apontaram irregularidades em vinte contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

A partir das auditorias internas da universidade, a PF identificou casos de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para selo de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros crimes.

A PF identificou dois núcleos que atuavam no esquema. O primeiro era composto de empresas de Cornélio Procópio que atuavam diretamente no campus, justamente na área de serviços. O segundo era composto por outras quatro empresas de pequeno porte ligadas aos empresários da cidade. A PF informou que esses empreendimentos, boa parte deles em nome de laranjas, participavam de licitações em órgãos públicos federais e sempre venciam.

A Operação 14 Bis, alusão à empresa de Devanil Antônio Francisco, criada para facilitar os desvios, foi deflagrada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU) e Receita Federal.

Nesta terça-feira (13) foram apreendidos três barcos, carros de luxo, joias, US$ 27 mil em espécie e documentos. Também foram sequestrados bens dos investigados. Um mandado de busca e apreensão não foi cumprido.

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