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Escola abandonada em Campina Grande do Sul: obra quase não saiu da estaca zero. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Escola abandonada em Campina Grande do Sul: obra quase não saiu da estaca zero.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A defesa de Maurício Fanini ingressou na Justiça pedindo a revogação da prisão do ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed). O pedido aguarda decisão da 9.ª Vara Criminal de Curitiba. A expectativa dos advogados é que o caso seja julgado até quarta-feira (27).

Fanini foi preso preventivamente pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na terceira fase da Operação Quadro Negro, no último dia 16. Para o Ministério Público Estadual (MP-PR), ele é um dos principais responsáveis pelos desvios milionários de recursos destinados à construção e reforma de escolas.

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No pedido de soltura, a defesa do ex-diretor da Seed argumenta que não há necessidade da prisão, uma vez que ele não teria praticado nada que pudesse interferir nas investigações. Questionado sobre o teor das denúncias contra Fanini, o advogado Omar Elias Geha disse que não discute o mérito do caso.

Entenda

O MP-PR afirma que Fanini agiu em conluio com o dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, para desviar pelo menos R$ 20 milhões dos cofres públicos. O governo do estado pagou o montante à empreiteira por obras que mal começaram e estão abandonadas até hoje. Em delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), Souza disse que parte dos recursos desviados teria abastecido campanhas eleitorais no estado via caixa 2, entre elas a de reeleição do governador Beto Richa (PSDB) – o tucano nega.

Os promotores suspeitam que Fanini e a esposa lavavam o dinheiro das fraudes por meio de compras de artigo de luxo no exterior, com cartões de crédito. Segundo o MP-PR, o casal mantinha rotineiras viagens internacionais, compras em lojas de alto padrão e joalherias, incompatíveis com o status de servidor público.

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