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O senador Roberto Requião (PMDB) | Daniel Caron/Gazeta do Povo/Arquivo
O senador Roberto Requião (PMDB)| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo/Arquivo

Nome até então considerado como um dos favoritos para o Senado nas eleições deste ano, o senador Roberto Requião (PMDB) surpreendeu o cenário político paranaense ao se colocar como postulante ao Executivo estadual. Numa nota sucinta de apenas sete linhas publicada no site do PMDB estadual nesta terça-feira (16), a legenda sentencia que “Requião será candidato ao governo do Paraná”.

À Gazeta do Povo, o parlamentar afirmou que atende a pedidos da população e dos peemedebistas locais ─ e não a um desejo pessoal ─ para colocar fim ao “tucanistão” no Paraná, numa clara referência ao governador Beto Richa (PSDB). Disse que tem conversado com todos os partidos que pretendem estar na trincheira oposta ao atual governo, mas declarou que a definição sobre uma eventual candidatura só será tomada “no tempo hábil”, que é a convenção partidária. Confira a entrevista:

A decisão de se lançar candidato ao governo do estado é definitiva?

Estamos respondendo a um chamamento da população e também a uma postulação do partido. O PMDB é o maior partido do Paraná, não está contaminado com as posições do PMDB nacional. O “tucanistão” se instalou com puxadinhos no Paraná. O Ratinho [Jr.] é um puxadinho, a minha amiga Cida [Borghetti] é vice do Beto e, portanto, é solidária com tudo o que ele faz.

Muitos dizem que, para o senhor, seria mais cômodo buscar a reeleição para o Senado

Esse [a candidatura ao governo] é um chamamento do estado, não uma postulação pessoal. O partido está cobrando essa posição. Teremos a melhor chapa de deputados estaduais e federais. Estamos abrindo inscrições para candidaturas dentro do partido, conversando com presidentes de diretórios de todo o estado. A era do “tucanistão” vai acabar no Paraná.

Dos candidatos que vinham se colocando ao governo até agora, o ex-senador Osmar Dias (PDT) era o que mais se alinhava numa candidatura de oposição ao Richa. O senhor, inclusive, chegou a se reunir com ele no fim do ano passado. Como estão essas conversas?

Não sei. Propusemos um programa único, mas perdemos contato.

Com quais outros partidos o senhor vem mantendo conversas em busca de apoio?

Neste momento, estamos nos estruturando internamente e temos conversado com todo mundo que queira vir conosco contra o “tucanistão”.

O senhor mencionou uma chapa forte nas disputas proporcionais. Mas houve saídas importantes do partido na atual legislatura, como de alguns dos deputados estaduais mais votados do estado (Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli, Artagão Jr.). Agora, fala-se na ida para o PP do deputado federal Osmar Serraglio, também sempre bem votado. Isso não vai prejudicar o desempenho do PMDB?

Não vai prejudicar em nada. O partido ganhou com a saída deles, que estavam do outro lado. Mantivemos sempre a integridade das nossas propostas: Bom Emprego, Leite das Crianças, Trator Solidário, Fundo de Aval da Agricultura Familiar. Já eles eram do PMDB dos negócios, dos grandes empresários, do pedágio.

Quando o senhor tomará a decisão se de fato vai disputar o governo do estado?

No tempo hábil, que é a convenção partidária. Depois de março.

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