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Nas novas viaturas, detido é conduzido no banco de trás, como um passageiro comum. | Divulgação/PMPR
Nas novas viaturas, detido é conduzido no banco de trás, como um passageiro comum.| Foto: Divulgação/PMPR

As novas viaturas do modelo Toyota Etios entregues pelo governo do Paraná aos policiais civis e militares na última terça-feira (27) estão sendo chamadas desde que foram anunciadas, no início de junho, de viaturas “humanizadas”. Mas afinal, o que isso significa? A explicação não é muito complexa: a grande diferença do modelo humanizado para as viaturas tradicionais é o espaço destinado ao detido pela polícia. Antes, ao ser transportado, ele era carregado no bagageiro do veículo; já nos novos carros da polícia, o detido é conduzido no banco de trás, como um passageiro comum. Para que isso ocorra de forma segura, os novos carros trazem uma espécie de parede com grandes separando quem está nos bancos da frente de quem vai nos bancos de trás.

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De acordo com Orélio Fontana Neto, presidente da Associação de Praças do Estado do Paraná (Apra), a novidade é um “avanço significativo” para os policiais, já que a nova cela oferece um “risco muito menor do detido escapar ou de se aproximar de quem conduz a viatura”. “É mais segurança para os dois lados, tanto para quem está trabalhando, quanto para quem está sendo conduzido”, explica. O presidente da associação reforça também que o novo modelo de cela “agrada bastante a Apra” porque aproxima as viaturas brasileiras de modelos de países desenvolvidos.

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“O ideal seria termos carros pensados exclusivamente pelas montadoras para serem viaturas direto de fábrica, como ocorre em muitos países, mas essa nova cela já nos coloca um passo adiante nesse caminho”, destaca Fontana Neto.

Ao todo, foram entregues 457 viaturas para atender todas as regiões do Paraná. Inicialmente, o governo do estado deu a entender que todas os veículos entregues seguiam esse padrão de celas humanizadas. Mas, como apurou a reportagem junto à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp), são apenas 90 veículos do modelo Toyota Etios que contam com o novo espaço.

Primeiro lote de veículos

As 457 viaturas entregues fazem parte de um pacote de 1.100 veículos comprados pelo governo e que serão distribuídos para as polícias civil e militar do Paraná. As outras 643 estão previstas para serem entregues nos próximos meses, “conforme o cronograma das montadoras”, informou a assessoria da Sesp.

Outra novidade é que cada veículo também leva o nome do município que atende gravado nas portas. No ato de entrega, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, afirmou que isso contribui para a fiscalização e manutenção dos carros.

“Optamos por isso para que prefeitos, vereadores e os conselhos de segurança das cidades possam nos ajudar a fiscalizar o uso dos veículos. Esperamos que sejam bem aproveitados, mas também bem cuidados por todos”, destacou o secretário.

Viaturas com as celas humanizadas custam mais?

De acordo com a Sesp, cada Etios com cela humanizada custou R$ 77.299 e, para efeitos de comparação, o órgão utilizou o valor do Fiat Palio Adventure, modelo mais próximo ao Etios na licitação, que custou R$ 83.299 cada. Sendo assim, as viaturas com celas humanizadas saíram por um valor menor que as convencionais.

Ao todo, as 1.100 viaturas da licitação custaram R$ 112,3 milhões, sendo R$ 45,5 milhões desse “primeiro lote”. O valor total dos 90 Toyota Etios com as celas especiais é de R$ 6,95 milhões.

Celas humanizadas atendem nova determinação do Cotran

As novas celas humanizadas também atendem a uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Cotran). O documento de outubro de 2016 diz que “é proibido o transporte de presos em compartimento de proporções reduzidas, com ventilação deficiente ou ausência de luminosidade”, ou seja, como nas viaturas tradicionais.

Esse “transporte tradicional” dos detidos só seria permitido, segundo a resolução, em casos de “força maior”.

  • No total, são 90 veículos do modelo Toyota Etios.
  • Agora, o detido é conduzido no banco de trás, como um passageiro comum, e não no bagageiro.
  • Os novos carros trazem uma espécie de parede com grandes separando quem está nos bancos da frente de quem vai nos bancos de trás.
  • Novos modelos atendem a uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Cotran).
  • Janelas da parte de trás dos veículos também são protegidas por grades.
  • Não há mais o espaço do bagageiro para transportar os detidos.
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