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Carpaccio de frutas, a exemplo da foto acima, é uma das exigências do edital da prefeitura de Curitiba. | Bigstock/
Carpaccio de frutas, a exemplo da foto acima, é uma das exigências do edital da prefeitura de Curitiba.| Foto: Bigstock/

Carpaccio de frutas, caracol de tomate seco e biscoitos petit four de vários sabores fazem parte das exigências do edital lançado para selecionar o serviço de café da manhã e coffee break do cerimonial do prefeito Rafael Greca (PMN). O contrato tem validade de seis meses, limitado a atender até 1.925 pessoas neste período, pelo valor máximo de R$ 78.388,75, o que dá uma média de R$ 40,70 por conviva. A escolha da empresa está marcada para a manhã do dia 3 de julho, na modalidade pregão eletrônico – em que as interessadas dão lances cada vez menores, até ser estabelecido o preço vencedor.

Foram estipulados quatro tipos de serviços de alimentação. A versão mais cara, que pode custar até R$ 55,87 por pessoa, inclui sete opções de salgados, três opções de doces e duas opções de bolo, além do 600 ml de bebida por pessoa. Já o café “simplificado” acompanha bolachas em sachê e minibolinhos recheados, ao custo por pessoa de até R$ 20,70. As modalidades intermediárias custariam de R$ 33 a R$ 48 por pessoa. O atendimento é destinado a “missões institucionais”, como recepções de autoridades estrangeiras e representantes de órgãos, além de visitas técnicas.

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A empresa contratada ficará responsável pela entrega dos produtos e pelo fornecimento de todos os materiais, como louças (porcelanas brancas) e toalhas brancas de algodão, além de guardanapos de pano. Os garçons (um para cada grupo de 20 pessoas) devem estar uniformizados e servirem os convidados à francesa, com custo também a cargo da fornecedora que vencer a licitação. O edital determina que apenas empresas consideradas de pequeno porte podem participar da seleção.

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Ajuste fiscal

A contratação do atendimento de coffee break foi alvo de críticas nos bastidores da votação do pacote de ajuste fiscal, que ocorreu na Ópera de Arame. O serviço foi considerado supérfluo por alguns vereadores, que questionaram também o momento equivocado para a realização do gasto – justamente quando a prefeitura pedia colaboração dos servidores para fazer frente às despesas e deveria “dar o exemplo”. “Me ajuda a te ajudar”, disse um vereador da base de apoio do prefeito, lamentando o edital de licitação para o coffee break.

Outro lado

Em nota enviada à Gazeta do Povo, a prefeitura de Curitiba informa que o pregão eletrônico é realizado para garantir a prestação de serviço – a preços mais baratos – em caso de ele vir a ser necessário, como, por exemplo, em visitas de autoridades e outras situações de relacionamento institucional do município. Segundo o texto, os valores que constam do edital são de referência máxima, sendo que os descontos finais dos concorrentes que vencem os pregões costumam variar entre 20% e 40%. Destacou ainda que não há contratação obrigatória após a definição do vencedor do pregão e que se parte ou o todo dos serviços e itens não forem utilizados, não serão pagos. O município salientou ainda que a contratação por um conjunto de serviços é mais barata do que o eventual pagamento, caso a caso, por serviços de coffee break.

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Segundo a prefeitura, a alimentação é servida para autoridades que visitam a capital, em reuniões internas de trabalho e também externas com a população, como o “Fala Curitiba”, ciclo com 75 audiências que estão sendo realizadas com moradores de todos os bairros para confecção da Lei Orçamentária Anual (LOA). A nota também afirma que se trata de renovação de um serviço que já existia na gestão anterior e que o edital segue o compromisso da prefeitura de agir “com responsabilidade nos gastos e com seus esforços para manter o melhor funcionamento da máquina pública”.

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