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Arquivos invadidos foram criptografados e renomeados com um endereço de email. Ao entrar em contato, a prefeitura recebeu o pedido de resgate, em inglês. | /Divulgação
Arquivos invadidos foram criptografados e renomeados com um endereço de email. Ao entrar em contato, a prefeitura recebeu o pedido de resgate, em inglês.| Foto: /Divulgação

Os sistemas de informática da prefeitura de Carambeí, nos Campos Gerais, foram invadidos por hackers. Os técnicos perceberam os primeiros problemas no sábado (6), quando arquivos da base de dados passaram a, estranhamente, aparecer criptografados. Os invasores gravaram, como nome de arquivo, um endereço de email. Ao entrar em contato, a prefeitura descobriu que os dados haviam sido sequestrados e que os hackers exigiam pagamento de resgate para liberar os sistemas. O comunicado, em inglês, afirma que o valor para devolver o acesso é de US$ 3 mil, o equivalente R$ 9,6 mil. O pagamento deveria ser feito em bitcoins, uma espécie de moeda virtual.

Desde sábado, os sistemas da prefeitura estão indisponíveis e a equipe de técnicos trabalha para restabelecer o acesso. Segundo o diretor do Departamento de Informática, Edison Rodrigo Coelho de Moura, o foco é restabelecer o sistema. Já se sabe que será possível recuperar o que estava armazenado até 17 de abril, quando foi feito o último back up. A partir daí, não é possível ter certeza de que todas as informações lançadas, como pagamentos e recolhimento de impostos, poderão ser restauradas. Talvez seja necessário, afirma Moura, refazer tudo, numa espécie de força-tarefa.

A previsão é de que os sistemas voltem a funcionar na tarde desta terça-feira (9). A invasão comprometeu toda a base de dados, com arquivos que foram criptografados em vários setores, como tributação, recursos humanos, contabilidade e controle de frotas. Segundo o diretor de informática, os hackers aproveitaram uma falha do sistema operacional Windows, uma porta de acesso remoto, para invadir os arquivos.

“Nem cogitamos pagar o resgate porque não saberíamos nem se devolveriam o acesso. Além disso, não teria como justificar o pagamento”, comenta. Ele conta que, a partir do ocorrido, será feito um investimento na locação de um datacenter, para armazenar os arquivos em nuvem e permitir o back up instantâneo. Haverá também um rastreamento de falhas para tentar evitar novos ataques.

Moura diz ter sido informado que situações semelhantes já aconteceram em outras prefeituras e agências governamentais em território brasileiro e em outras partes do mundo. Há também registros de outros casos de sequestro, no Brasil, em que criminosos pediram o resgate em bitcoins. A Polícia Civil de Carambeí informou, na manhã desta terça-feira, que ainda não havia sido comunicada do fato para começar a investigação.

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