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Os dois empreendimentos onde ficam os imóveis que pertenciam a Youssef | Reprodução/Marangoni Leilões
Os dois empreendimentos onde ficam os imóveis que pertenciam a Youssef| Foto: Reprodução/Marangoni Leilões

Após uma primeira tentativa onde apenas um apartamento foi vendido, imóveis do doleiro Alberto Youssef, delator e condenado pela Operação Lava Jato, estão novamente disponíveis para lances. O valor inicial dos bens varia entre R$ 52,2 mil e R$ 60 mil e a participação está aberta pela internet até 30 de outubro.

A venda dos imóveis, apreendidos pela operação, foi autorizada em setembro pelo juiz Sergio Moro, que comanda a Lava Jato em primeira instância em Curitiba. Eles estão divididos em dois empreendimentos: um hotel em Aparecida (SP) e um centro comercial em Salvador (BA).

O responsável pelo certame é a empresa Marangoni Leilões. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3306-4382.

O papel do doleiro na Lava Jato

Alberto Youssef deixou a cela de 12 metros quadrados, em que passou 2 anos e 8 meses de sua vida, em 17 de novembro de 2016. Dono da mais complexa e sofisticada lavanderia de dinheiro, a serviço de empreiteiras, partidos, agentes públicos e políticos envolvidos no esquema Petrobras, Youssef cumpriu mais 4 meses de prisão domiciliar e agora usa tornozeleira eletrônica.

O direito à liberdade foi o prêmio obtido pelo doleiro, em troca da confissão de culpa nos crimes contra a Petrobras e da entrega de provas de novos delitos, ainda desconhecidos da força-tarefa da Lava Jato. Pelo acordo, fechado em setembro de 2014, sua pena máxima de prisão ficou limitada a 3 anos.

Junto com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, Youssef foi o primeiro delator da Lava Jato. Os dois confessaram à Justiça serem braços do PP no esquema de arrecadação de propinas na Petrobras.

A partir das confissões de Youssef e Paulo Roberto Costa - que também deixou a cadeia, no último mês -, a Lava Jato tomou nova proporção, se tornando a maior operação anticorrupção da história do Brasil.

Braço direito do deputado federal José Janene (morto em 2010) - o ex-líder do PP que deu origem à Lava Jato -, Youssef foi alvo principal da primeira fase das investigações, deflagrada em 17 de março de 2014, e preso na data.

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