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Polícia Militar lidera o ranking de mortes, com 138 casos de morte em confronto | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Arquivo
Polícia Militar lidera o ranking de mortes, com 138 casos de morte em confronto| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Arquivo

144 pessoas morreram em confrontos com policiais no Paraná no primeiro semestre deste ano. O levantamento foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e inclui ações da Polícia Militar (138 casos), da Polícia Civil (dois) e das Guardas Municipais (quatro).

O resultado do primeiro semestre aponta um crescimento de 33% no número de mortes se comparado ao segundo semestre de 2016, quando foram registrados 108 óbitos. O número, entretanto, é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 149 mortes.

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De acordo com o levantamento do Gaeco, 43 cidades do Paraná registraram mortes em confrontos com policiais. 44% dos casos ocorreram na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Foram 31 na capital, 11 em São José dos Pinhais, quatro em Araucária, quatro em Piraquara, três em Colombo, duas mortes em Almirante Tamandaré, duas em Pinhais e duas em Quatro Barras, além de um óbito em Campina Grande do Sul e outro em Fazenda Rio Grande.

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O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, afirma que todos esses casos são acompanhados pelo Ministério Público (MP-PR). Segundo ele, em sua maioria, as mortes decorrem, de fato, de confrontos. As situações em que há indícios de execução geram procedimentos investigatórios no órgão, que podem levar à responsabilização dos policiais.

“Fazemos chegar ao comando das corporações, especialmente da Polícia Militar, a necessidade de que os policiais sejam permanentemente orientados quanto à necessidade de seguir estritamente esses protocolos. A polícia deve ser firme, mas cidadã”, sustenta Batisti.

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Negros e jovens morrem mais

Em relação à cor dos mortos em confronto, permanece a desproporção entre brancos e negros, já identificada em períodos anteriores. Do total de mortes, 48,6% foram de negros, que constituem, conforme dados do IBGE, 28,5% da população paranaense.

Quanto às idades dos mortos, no primeiro semestre de 2017, foram 16 vítimas entre 13 e 17 anos (11,1%), 87 entre 18 e 29 (60,4%), 39 entre 30 e 59 (27,1%), uma com 60 ou mais (0,7%) e uma com idade ignorada (0,7%). A grande maioria (71,5%), portanto, constituída de pessoas com menos de 30 anos.

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