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Estação de Tratamento de Água da Sanepar | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo/Arquivo
Estação de Tratamento de Água da Sanepar| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo/Arquivo

Quando o próximo reajuste na tarifa de água e esgoto for aplicado em maio, o governo Beto Richa (PSDB) terá alcançado 135,4% de aumento nos valores praticados pela Sanepar em 7 anos e 4 meses de gestão. O porcentual é bem superior aos 53,8% da inflação acumulada no período de 2011 a 2018, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Contudo, de acordo com a Sanepar, os aumentos sequenciais foram necessários para recompor a capacidade de investimento da empresa, que teria se deteriorado durante os vários anos em que a tarifa ficou congelada no governo Roberto Requião (PMDB). A Companhia de Saneamento alega que mais do que dobrou a aplicação de recursos em melhorias e ampliações, passando do patamar de R$ 370 milhões anuais no início da gestão Richa para R$ 800 milhões por ano.

VEJA TAMBÉM:calcule quanto ficará sua conta da Sanepar a partir de maio

Entre 2005 e 2010 – enquanto que a inflação acumulada, aferida pelo IPCA, chegou a 25% –, os valores pagos para usar os serviços de água e esgoto não subiram. Mas a partir de 2011 o cenário mudou. Assim, quem pagava uma fatura de R$ 100 naquela época, hoje precisa desembolsar R$ 235 pelo mesmo consumo. Apenas para efeito de comparação, se fosse considerada somente a recomposição inflacionária de 2005 até agora, que chegou a 105%, a mesma conta de água e esgoto de R$ 100 passaria para R$ 205.

Na prática, portanto, a gestão Richa recompôs os valores praticados pela Sanepar em porcentuais superiores ao que havia sido “perdido” com o congelamento da tarifa. A companhia argumenta que investiu R$ 5 bilhões nos últimos sete anos e que precisou recuperar os recursos aplicados no período em que ficou sem reajuste. Também alega que aumentou o índice de coleta e tratamento de esgoto de 57%, em 2008, para 70,17%, em 2018, beneficiando 2,6 milhões de pessoas a mais.

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