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PM estimou em 3,5 mil o número de manifestantes nos arredores da Ópera de Arame nesta segunda. | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
PM estimou em 3,5 mil o número de manifestantes nos arredores da Ópera de Arame nesta segunda.| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

aprovação do “pacotaço” pela sessão especial da Câmara de Veredores, nesta segunda-feira (26), deve causar uma intensificação das manifestações dos servidores públicos municipais. É o que prometem as entidades que organizam o movimento − o Sismuc (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba) e o Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba) −, para a segunda votação da matéria, nesta terça-feira (27), às 9 horas.

Uma reunião, na tarde desta segunda, definiu os rumos do movimento. Segundo os dirigentes das entidades, Juliano Soares, do Sismuc, e Vagner Argenton, do Sismmac, a manifestação vai continuar e será intensificada nesta terça, a partir das 8 horas. A reunião está marcada para a Praça 19 de Dezembro, mais conhecida como Praça do Homem Nu. De lá, os manifestantes decidirão para onde seguir em protesto. A ideia inicial é ocupar ruas do centro da cidade, não voltando aos arredores da Ópera de Arame. 

MINUTO A MINUTO: Veja como foi a votação do pacotaço de Greca nesta segunda-feira (26).

Outro ponto que direciona as entidades a manter a greve é a mobilização nacional, programada para a próxima sexta-feira (30). Segundo Soares, a greve nacional será para contestar as reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), e a mobilização dos servidores públicos de Curitiba deverá ser mantida até a data como um reforço ao movimento.

No encontro sindical, as principais queixas dos diretores foram quanto ao desacordo entre o que foi combinado com a prefeitura para a votação e a truculência policial. Soares afirma que foi acordado que 100 pessoas poderiam acompanhar a votação na Ópera de Arame, foi feito um credenciamento prévio e os nomes foram submetidos à Polícia Militar. Porém, nenhum deles pôde entrar no local para acompanhar a sessão, o que irritou os dirigentes e provocou um dos confrontos vistos na manhã desta segunda.

Quanto aos confrontos com as forças policiais que estavam no local, o dirigente confirmou que foram ao menos três momentos de tensão em que houve choque entre os dois lados, e reclama do que chamou de “atuação desnecessária e truculenta”. Soares afirma que os manifestantes são, em sua maioria, mulheres, e que há uma ação desproporcional por parte das forças de segurança. “São policiais armados até os dentes contra trabalhadores, grande parte mulheres. Não poderia ser assim.”

Auditores fiscais aderem à greve

Pela primeira vez, auditores fiscais do município integram o movimento grevista. Em assembleia realizada na última quinta-feira (22), o Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos Municipais de Curitiba) se posicionou de maneira contrária às medidas do Plano de Recuperação de Curitiba, classificadas pela entidade como “excessos”, e optou pela paralisação, como destaca a nota publicada no site da entidade, assinada pelo presidente Ivonei Carlos Koakoski.

Em discurso ao público presente à reunião no Parque São Lourenço, Juliano Soares, do Sismuc, classificou a participação dos auditores como um marco e destacou a “abusividade” do que foi aprovado pela Câmara. “Pela primeira vez os auditores fiscais participam do movimento. O prefeito fala que só professor de matemática entende o ajuste, mas e os auditores, que tem formação na área? Ter eles do nosso lado significa que eles também enxergam o absurdo que é esse plano”, defendeu.

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