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Situação ocorre pouco mais de um mês de o governo do Paraná ter entregue 10 viaturas para o IML | Arnaldo Alves / ANPr/Arquivo
Situação ocorre pouco mais de um mês de o governo do Paraná ter entregue 10 viaturas para o IML| Foto: Arnaldo Alves / ANPr/Arquivo

Menos de dois meses depois de um rapaz ter sido velado por mais de 13 horas em plena rua, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, um episódio idêntico ocorreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O corpo de um homem aguardou por oito horas numa avenida da cidade até ser recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).

O caso acontece um mês depois de o governo do estado ter entregado 10 novas viaturas ao IML − quatro veículos para Curitiba, três justamente para Ponta Grossa, duas para Londrina e uma para Cascavel. A promessa do Executivo estadual é ainda entregar mais 20 viaturas ao instituto.

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A repercussão negativa do velório de mais de 13 horas em Colombo, na região metropolitana da capital, foi a gota d’água para a demissão do então secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita. “É inaceitável um descaso como esse. Se estivesse faltando dinheiro, não tinha estrutura, não tinha o rabecão, vá lá. Mas não é o caso. São coisas que não aceito e cobro com muita energia as explicações devidas por quem é o responsável pela secretaria”, disse o governador Beto Richa (PSDB) na ocasião, dias antes de demitir Mesquita.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp-PR) informou que a explicação para a demora no atendimento foi a de que as equipes tinham se deslocado para Telêmaco Borba, cidade próxima a Ponta Grossa, para atender a outra situação de assassinato. Pela distância entre uma cidade e a outra ser de 135 quilômetros, o recolhimento do corpo demorou.

Conforme a Sesp-PR, o Instituto Médico-Legal conta com três veículos em Ponta Grossa. “Em regra, a unidade recolhe o corpo somente após o Instituto de Criminalística realizar a perícia. Informamos ainda que o Secretário da Segurança Pública determinou uma apuração interna para ver se houve alguma falha de comunicação para acionamento de eventuais outros profissionais”.

Terceiro episódio

O motoboy velado na rua em Ponta Grossa foi assassinado com um tiro no peito na madrugada desta sexta-feira (9). Assim que chegou ao local do crime, a Polícia Militar (PM) acionou o IML para recolher o corpo. A área permaneceu isolada por quase oito horas até a chegada das equipes do próprio IML e do Instituto de Criminalística.

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Na semana passada, também em Ponta Grossa, o corpo de uma idosa de 64 anos atropelada na BR-277 aguardou por quase cinco horas a chegada do IML, forçando a família a velá-la às margens da rodovia.

Já na noite de 18 de janeiro, um rapaz de 18 anos foi assassinado numa tentativa de assalto, com um tiro na cabeça na Região Metropolitana de Curitiba. Sem viaturas suficientes do IML para atender à ocorrência, o corpo do jovem foi velado no local por mais de 13 horas. Um dos motivos do atraso da chegada do veículo do instituto ocorreu porque a viatura enviada até Colombo se envolveu em um acidente.

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