Um dia após regulamentação, Câmara quer limitar frota de Uber e similares

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Após a regulamentação de serviços como o Uber e o Cabify em Curitiba, taxistas querem limitar o número de veículos que atuam por meio desses aplicativos. A categoria vai tentar efetivar a restrição por meio de uma emenda ao decreto do prefeito Rafael Greca (PMN), que será levada à Câmara pelo vereador Jairo Marcelino (PSD). Outros quatro pontos da regulamentação também estão na mira dos taxistas.

Na tarde desta quinta-feira (20), Marcelino se reuniu com lideranças dos taxistas para analisar o decreto que normatizou a atuação de motoristas por aplicativos. A categoria quer que o número de carros que operam pelo Uber, Cabify e similares não seja superior a um total de três mil veículos. Desta forma, os aplicativos teriam, juntos, uma frota igual à de táxi.

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“Não é só o Uber e o Cabify. Tem nove aplicativos como esses. Se cada um colocar dois mil carros rodando, vamos ter 18 mil carros na cidade. Vai afogar o trânsito”, disse Jairo Marcelino. “O ideal é que o número de carros por aplicativos não passe a frota de táxi”, completou. De acordo com a proposta, os veículos seriam numerados – com decalque na parte externa -, como forma de estabelecer um controle.

Além disso, os taxistas querem proibir que os motoristas que operam por aplicativos dirijam carros alugados. A proposta é que os veículos vinculados ao Uber e Cabify estejam registrado no nome dos próprios condutores e que essa regulamentação ocorra em um prazo de 90 dias. “Hoje, da forma que está, as locadoras estão todas alugando carros para que o serviço seja prestado por esses aplicativos”, destacou o vereador.

Jairo Marcelino disse que as emendas ainda serão redigidas e que, tão logo estejam concluídas, ele deve divulgar o teor das propostas. O vereador declarou que se surpreendeu com a regulamentação dos aplicativos, por meio de decreto do prefeito, sem que houvesse diálogo com as categorias impactadas.

“Eu confesso que fomos todos pegos de surpresa. Eu tinha feito um pedido de informação, para que a gente ajudasse a favorecer os dois lados, que se ouvisse tanto os taxistas quanto os motoristas de aplicativos”, afirmou.

Apesar do decreto de Greca, tramita na Câmara uma proposta relacionada aos aplicativos de transporte individual de passageiros. De autoria de seis vereadores, o projeto está na Comissão de Legislação, Justiça e Redação, na qual aguarda parecer. Se o texto for aprovado, pode alterar pontos do decreto do prefeito.