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No depoimento à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista explica que pediu uma conversa com o presidente Michel Temer porque ficou sem um interlocutor no governo desde que Geddel Vieira Lima perdeu o posto de ministro do governo, em novembro do ano passado.

O empresário diz que não poderia mais conversar com Geddel desde que ele passou a ser investigado por desvios na Caixa Econômica Federal e que, por isso, procurou o deputado federal Rodrigo Rocha Loures. Foi Rocha Loures quem organizou a entrada de Batista na residência oficial de Temer, o Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, de acordo com a delação do empresário.

Batista conta que tinha uma agenda de assuntos para discutir com Temer e que o primeiro era o pagamento que estava fazendo a Eduardo Cunha, através de seu operador, Lúcio Funaro. “Sempre recebi sinais claros de que era importante mantê-los financeiramente a familia e tal resolvidos”, disse o empresário. Esses sinais, segundo ele, vinham a princípio do ex-ministro Geddel.

Sem seu interlocutor, Batista levou o assunto a Temer. Explicou que liquidou seus débitos de R$ 5 milhões com Cunha, que tiveram origem na negociação de um projeto que desonerava a folha de pagamentos do setor avícola, e que ainda pagava R$ 400 mil por mês a Funaro. Ele afirmou aos procuradores que explicou a Temer “que eu seguia pagando o Lúcio, R$ 400 mil por mês e eu queria informar, saber a opinião dele. Foi onde de pronto ele falou que era importante continuar isso.”

Na sequência do depoimento, Batista disse que confirmou com Temer se poderia continuar conversando com Rocha Loures sobre seus assuntos, como problemas para resolver no Cade, na CVM e no BNDES.

Assista ao depoimento completo, em que Batista detalha o encontro com o presidente:

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