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 | Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas
| Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso na 42ª fase da Lava Jato, tentou ocultar o recebimento de propina da Odebrecht pagando imposto. Segundo as investigações, ele teria recebido R$ 3 milhões em três parcelas, em 2015, e pagou imposto sobre os recursos em 2017, após a delação dos executivos da empreiteira se tornar pública.

Além de tentar acobertar o recebimento da propina com o pagamento de imposto, o ex-executivo tinha passagem apenas de ida comprada para Portugal, para onde viajaria na sexta-feira. Esses foram alguns dos argumentos usados pelos investigadores para pedir a prisão preventiva de Bendine.

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O pedido de propina de Bendine à Odebrecht teria sido feito ainda quando era presidente do Banco do Brasil. O pedido de R$ 17 milhões foi negado pela empreiteira. No início de 2015, quando já era cotado para assumir a Petrobras, Bendine teria voltado a conversar com a empresa, pedindo novamente a propina. O valor acertado foi de R$ 3 milhões pagos em três prestações com apoio dos operadores André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr, que são irmãos.

Além dos comprovantes fornecidos pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, os investigadores usaram como provas do crime mensagens trocadas entre os acusados e ex-executivos da empreiteira. O acerto do pagamento teria ocorrido em dois encontros, um em janeiro e outro em junho de 2015, confirmados pelas trocas de mensagens obtidas pelos investigadores.

Para o pagamento de impostos, os operadores simularam o pagamento de uma consultoria pela Odebrecht. Não há comprovação de que houve a prestação de serviço, nem contratos para esse serviço, tendo sido usada uma empresa de fachada para a lavagem dos recursos. “Foi uma tentativa de ocultar os valores e ludibriar as investigações”, afirmou em entrevista coletiva o procurador da República Athayde Ribeiro Costa.

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