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| Foto: Christophe Simon/AFP

O italiano Cesare Battisti foi retido na fronteira do Brasil com a Bolívia, na cidade de Corumbá (MS), em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal, nesta quarta-feira (4). Ele portava uma quantidade baixa de dinheiro em espécie, incluindo reais, dólares e euros. Ele teria sido preso por suposta tentativa de evasão de divisas, segundo o jornal O Globo

O italiano foi condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 70, quando integrava o partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo de extrema esquerda.

Battisti fugiu da Itália e, em 2004, veio para o Brasil. Foi preso em 2007 e, em 2009, o STF autorizou a extradição, que foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, no último dia de seu governo.

De acordo com a defesa de Battisti, há várias tentativas ilegais de remetê-lo para o exterior.

Na semana passada, seus advogados entraram com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir sua eventual extradição, deportação ou expulsão do Brasil.

ESPECIAL: Leia série de reportagens sobre o caso Battisti produzida pela Gazeta do Povo

“Desde 2016, com as mudanças ocorridas no Poder Executivo, os advogados afirmam que há notícias de que o governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o governo brasileiro para obter a extradição”, informa o STF.

Nesta semana o jornal O Globo noticiou que o governo da Itália apresentou pedido para que o presidente Michel Temer reveja a decisão de Lula.

Em 2015, Battisti casou com uma brasileira. O casal tem um filho “que depende econômica e afetivamente dele, o que impede a sua expulsão”, afirma a defesa. O relator do caso é o ministro Luiz Fux. Não há prazo para Fux decidir sobre o pedido.

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