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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva | Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Arquivo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Arquivo

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o pedido de absolvição feito pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira (01) é “justo e reflete a prova da inocência” do petista, “coletada especialmente do depoimento de 31 testemunhas”. Segundo o MPF do Distrito Federal, não há provas do envolvimento do ex-presidente no crime de obstrução de Justiça. O caso é referente à tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e tramita na Justiça Federal de Brasília.

“Lula jamais praticou qualquer ato com o objetivo de impedir ou modular a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, ao contrário do que constou da denúncia”, disse, em nota, o advogado Cristiano Zanin.

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Para ele, a iniciativa do procurador Ivan Cláudio Marx também confirmou que a delação de Delcídio Amaral “é uma farsa. “O próprio Ministério Público Federal, na peça que pede a absolvição, faz referência à grotesca versão de Delcídio e afirma que, na verdade, Delcídio estava preocupado apenas com ele mesmo”, disse.

O MPF, nas alegações finais do processo, também pediu o cancelamento dos benefícios do acordo de colaboração premiada celebrado por Delcídio Amaral. Os procuradores argumentam que as declarações do ex-senador são permeadas de mentiras e omissões.

O MPF pediu também a absolvição do banqueiro André Esteves, que chegou a ser preso na mesma operação que levou Delcídio à prisão, depois que o filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a gravação de uma conversa com Delcídio sobre um possível plano de fuga para o ex-diretor, que estava preso na Lava Jato. Segundo as alegações finais do MPF, também não há provas do envolvimento de Esteves nos crimes investigados.

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O advogado de André Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a manifestação do MPF foi “digna”, uma vez que não ficou demonstrada, ao longo da instrução do processo, nenhuma participação de seu cliente no esquema denunciado. Ele disse que aguardará agora a decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal de Brasília.

Entenda o caso

A tentativa de compra do silêncio de Cerveró veio à tona depois que o filho dele, Bernardo Cerveró, gravou uma conversa com Delcídio. No diálogo, o senador ajuda a elaborar um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras. As revelações levaram à prisão de Delcídio, em 2015. Ele foi o primeiro senador preso durante o exercício do mandato.

Ele foi cassado pelos colegas por quebra de decoro parlamentar e acabou firmando um acordo de colaboração premiada com o MPF.

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