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 | Marcello Dantas/Estadão Conteúdo
| Foto: Marcello Dantas/Estadão Conteúdo

Eram 11h40 e acabara de soar o sinal do penúltimo horário de aula desta sexta-feira (20) no Colégio Goyases, uma escola particular em Goiânia. Neste momento um aluno de 14 anos deu o primeiro tiro. Dois adolescentes, de 12 e 13 anos, morreram e outras quatro pessoas ficaram feridas.

“Eu vi o momento. A gente tinha acabado de bater o sinal do penúltimo horário. Eram 11h40. A gente escutou um barulho bem alto, parecia de bombinha. Como a gente tinha mostra [de ciência] amanhã [sábado (21)], a gente pensou que era um dos experimentos”, disse uma estudante de 13 anos, aluna da mesma sala do atirador, no 8º ano.

Ela disse que estava com uma colega e a professora próximo à porta da sala de aula. O atirador estava próximo ao fundo do ambiente. “A professora perguntou ‘o que que é isso?’ Ele levantou a arma e atirou para todo lado. Peguei na mão da minha amiga e saí correndo”, afirmou a aluna.

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Os adolescentes mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes. O segundo, de acordo com a colega, era amigo do atirador. Segundo estudantes, o menino que efetuou os disparos sofria bullying e tinha o apelido de “fedido”, segundo eles, porque não usava desodorante.

“Ele não era calmo. Ele era bem estranho. Se você chegasse pra falar com ele, ele já falava ‘ah, eu vou matar seu pai e sua mãe, eu vou te matar’. A gente nunca chegou a falar isso para a escola porque não achava que era verdade, que ele chegaria ao ponto de fazer isso”, disse a estudante.

O adolescente que disparou os tiros tem 14 anos, é estudante do 8º ano da escola e filho de militares, de acordo com a Polícia Militar. Ele foi apreendido pela polícia e encaminhado para a Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

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